À margem da Assembleia Municipal desta tarde, António Costa disse que o prazo de candidaturas foi adiado pela segunda vez consecutiva “apenas por quinze dias, porque dois investidores o pediram, já que não conseguiram participar apenas por uma questão de tempo”.
Questionado pela Lusa, o presidente da Câmara afirmou ainda que os dois interessados se comprometeram a participar nesta segunda abertura de candidaturas e que as intenções “vão ser assumidas agora”. António Costa recusou-se a adiantar quais são os candidatos.
Na primeira fase não houve ninguém a candidatar-se, pelo que a 8 de Junho o município aprovou, com as abstenções do PCP e do PSD e o voto contra do CDS-PP, o adiamento até 15 de julho do prazo para apresentação de candidaturas.
A abertura das propostas do primeiro adiamento estava prevista para segunda-feira passada. A autarquia tinha inicialmente previsto ter uma participação de 25 por cento neste fundo imobiliário, destinado à venda de terrenos com edificabilidade e usos definidos, mas nas negociações do orçamento camarário com o PSD acabou por reduzir esta participação para nove por cento.
O fundo imobiliário, que deverá ter um valor limite de 300 milhões de euros, é uma das operações financeiras - a outra seria a venda da rede de saneamento em baixa à Empresa Pública de Águas Livres (EPAL), entretanto abandonada - que a maioria pretendia concretizar para ajudar a reduzir o passivo.
Aquando da apresentação do orçamento camarário para este ano, o presidente da autarquia, António Costa (PS), contando concretizar todas as operações financeiras previstas, chegou a anunciar que a câmara iria chegar ao final de 2011 “com menos 353 milhões de passivo”.
Agência noticiosa Lusa, 19 de Julho de 2011
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