Podemos mudar! Podemos mudar?
Raquel explica então o objectivo: "antes de pagarmos a dívida externa temos de saber que parte é nossa e que parte é dívida odiosa, causada pela especulação, e para isso temos de fazer uma auditoria". Esta acção, sustentou Raquel Freire, é a primeira de muitas que até 25 de Junho querem "alertar os portugueses para a cidadania", sublinhando que Portugal deve seguir o exemplo "da mais velha democracia do mundo, a Islândia, e pedir uma auditoria da dívida". A activista acredita que "já chega" e que desde o 25 de Abril de 1974 que Portugal "acumula uma dívida que não se sabe de onde vem". Por isso mesmo, este movimento resolveu "vir para a rua, onde também se exerce a cidadania e não apenas nos palácios", sustenta Raquel, lamentando o silêncio em volta da questão da renegociação.
1 comentário:
referindo-se às movimentações de 1934 contra a «fascização dos sindicatos», e concretamente àquilo que ficou conhecido como «Soviet da Marinha Grande», onde pela última vez se sentiu acção sindical de massas com influência relevante do Anarco-Sindicalismo,José Gregório, dirigente do PCP nos tempos «históricos» do Estado Novo, qualificou a acção como uma «anarqueirada». A repressão foi feroz e, em pouquíssimo tempo, desarticulou a «insurreição».
Entretanto, o Poder, o autêntico e genuíno, o que manda, aprendeu muitas lições. Aprimorou-se. Aprendeu a manobrar melhor, a «jogar Xadrês». E em menos de uma esfregadela que os inocentes do Rossio pudessem detectar no olho do Diabo, a coisa ficou dispersa. Ressalvada evidentemente a satisfação da sensação da intervenção directa na coisa pública, na res pública, não é com «anarqueiradas» que isto lá vai. E necessita de ir. Porque, já là disse o famigrerado Afonso Costa que «por muito menos crimes rolou no cadafalso a cabeça de maria Antonieta. E, pessoalmente falando, nem o Rei nem o Príncipe o mereceram...
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