e, porque isto diz respeito a todos,
Exmoº. Sr. Secretário, Constança, Alves responsável pelos pelouros da Acção Social, Habitação, Saúde e Educação;
Exmº. Sr. Rufino Alves da Silva, Tesoureiro, responsável pelos pelouros do Património e Turismo (entre outros);
Exmª. Sra. Bárbara Ribeiro 1ª Vogal, responsável pelos Pelouros da Cultura e Reabilitação Urbana (entre outros);
e Exmº. Sr. João Brazão, 2º Vogal responsável pelos Pelouros dos Espaços Verdes, Higiene Urbana, Ambiente e Saneamento.
Caros autarcas e caros munícipes da Freguesia da Pena
Nas eleições intercalares para a autarquia de Lisboa, em 2007, dos 4856 inscritos votaram 1687, mais 34 Nulos e 37 em Branco.
Isto para dizer o quê? Que somos uma pequena família de moradores numa pequena Junta de Freguesia, com um património considerável que, de tão extenso, enumerá-lo aqui seria exaustivo e maçador.
No entanto, para que os nossos leitores tenham uma ideia, uma breve enumeração: Estátua de Sousa Martins; Biblioteca de São Lázaro; Capela do Coração de Jesus e Maria Imaculada; Instituto de Medicina Legal; Instituto Bacteriológico Câmara Pestana; Igreja da Pena; Palácio Camarido (Inatel); Hospital S. José (antigo Convento); Instituto de Ciências Biomédicas de Lisboa; Palacete Silva Amado; Instituto Alemão (Antigo palacete Valmor); Vila Leonor; Convento da Encarnação; Capela de Gomes Freira; Igreja Adventista do Sétimo dia; Academia Militar; Igreja da Bemposta; Relógio do Paço da Rainha; Palácio do Mitelo; Chafariz do Largo do Mastro; Igreja de S. Luís dos Franceses; Coliseu dos Recreios; Palácio dos Condes de Povolide (Ateneu); Elevador do Lavra; entre outros.
Relógio do Paço da Rainha
Chafariz do Largo do Mastro
Chafariz do Largo do Mastro: o actual chafariz esteve em Belém, no Largo Frei Heitor Pinto, e foi transportado para o Largo do Mastro, em 1947, quando foi necessário fazer demolições entre 1939 e 1940, para a Exposição do Mundo Português. Foi colocado em local próximo do projectado para o chafariz de Santana. A taça é circular, sobre três degraus. A caixa de água apresenta a forma de pirâmide alongada, tendo uma base quadrangular. Sobre essa base quatro golfinhos do escultor Alexandre Gomes e que já tinham sido feitos para o chafariz do Campo de Santana. O projecto é de Malaquias Ferreira Leal, arquitecto da Câmara Municipal de Lisboa. Em duas faces está lavrada a palavra « aguadeiros »
(do Esta Lisboa que eu Amo).
Palácio do Mitelo
“O Palácio do Mitelo, Núcleo primitivo de construção seiscentista. Em 1737, foi adquirido pelo Dr. Alexandre de Mitelo e Sousa e Meneses, que reabilitou por completo o edificio. Mais tarde nova proprietária, a Marquesa de Pomares, voltou a restaurar o palacete. Em 1941 foi cedido para ser o Instituto de Serviço Social, o primeiro curso em Portugal destinado a formar assistentes sociais.” (no Dias que Voam). Hoje é propriedade da família Norton de Matos a qual tem contactado a autarquia para que esta reabilite o pequeno espaço verde frente ao Palácio e acabe com o estacionamento anárquico. Até hoje.
Palácio do Mitelo
“O Palácio do Mitelo, Núcleo primitivo de construção seiscentista. Em 1737, foi adquirido pelo Dr. Alexandre de Mitelo e Sousa e Meneses, que reabilitou por completo o edificio. Mais tarde nova proprietária, a Marquesa de Pomares, voltou a restaurar o palacete. Em 1941 foi cedido para ser o Instituto de Serviço Social, o primeiro curso em Portugal destinado a formar assistentes sociais.” (no Dias que Voam). Hoje é propriedade da família Norton de Matos a qual tem contactado a autarquia para que esta reabilite o pequeno espaço verde frente ao Palácio e acabe com o estacionamento anárquico. Até hoje.
Ruas da Freguesia da Pena
Igreja São Luís dos Franceses
Igreja S. Luís dos Franceses, no Beco de S. Luís da Pena, nº 34. «A igreja foi fundada em 1552 sob a invocação de São Luís, rei de França, destinada a servir de local de culto à comunidade francesa residente em Lisboa. (...) Em 1755, a Igreja, situada nas portas de Santo Antão, sofre grandes danos com o terramoto e com o incêndio subsequente. Em 1768 colocam-se os três altares marmóreos, executados pelo escultor genovês Pasquale Bocciardo (1705-1791) segundo encomenda de Luís XV de França. No século XIX o imóvel passa para a posse do Estado Francês e em 1882 é instalado o órgão realizado em Paris por Aristide Cavaillé-Coll. No andar superior, em três salas, funcionava o hospital de São Luís, da Confraria do Bem-aventurado São Luís, que socorria todos os franceses pobres e necessitados de auxílio médico. Actualmente o hospital situa-se no Bairro Alto. (SANTANA, Francisco e SUCENA, Eduardo (dir.), Dicionário da História de Lisboa, 1.ª ed., Sacavém, Carlos Quintas & Associados – Consultores, 1994, pp. 808-810.)»
Escadinhas do Beco de São Luís da Pena que descem até à Rua das Portas de Santo Antão
O Teatro Éden e a Sétima Colina
A cervejaria Solmar
Um fabuloso labirinto urbano de pátios, escadinhas e ruelas com vistas únicas sobre a cidade e recantos escondidos em becos. Os socalcos das encostas da Freguesia da Pena tanto se expandem para os lados do Martim Moniz e Mouraria como sobre a Rua de São José e da Avª da Liberdade.
Aqui terá vivido Luís Vaz de Camões, ao lado do Arco de Sant'Ana, lugar onde se encontrava esta entrada da muralha, mais conhecida por Postigo de Sant’Ana e onde se encontra um pequeno prédio situado, segundo a tradição, no local da residência de Luís de Camões. Também outro nome grande está ligado à Freguesia da Pena, o de Amália da Piedade Rebordão Rodrigues. A fadista nasceu num pátio modesto da Rua Martim Vaz, em 1920.
Casa onde nasceu Amália
Chaminés do Palácio dos Almada ou da Independência
Em 1868, a Freguesia foi berço dos ideais socialistas, pois no Pátio do Salema se reuniam o grupo dos republicanos do qual faziam parte José Elias Garcia (1830-1891), Latino Coelho (1825-1891) e Saraiva de Carvalho (1839-1882), então chamados os «Lunáticos» nome por que haveria de ficar conhecido o grupo e o pátio.
Pequenas histórias que fazem parte do riquíssimo património da Freguesia. A nós cabe-nos o mais fácil, estimar o património que nos deixaram, respeitando-o. O desmazelo a que foi votado algum deste património, o estacionamento anárquico que não respeita nada nem ninguém, os graffitis nas paredes e o lixo que se acumula pelas ruas da Freguesia são inadmissíveis e denunciam a nossa falta de civismo. Culpados, somos todos. Lunáticos, só os que não vêem. A obrigação dos autarcas é providenciar para que a Pena não faça pena, fiscalizando, limpando, multando os prevaricadores.
1 comentário:
Parabéns pelo Blog.
Gostei particularmente desta exposição sobre a freguesia da Pena que conheço bem por trabalhar lá, e também por lá ter vivido a minha vida académica.
Espero que este blog possa abrir os olhos de dirigentes, e possivelmente de eventuais mecenas que possam ajudar a reabilitar a nossa cidade (e a freguesia da Pena, entre muitas outras). Andam por aí tantas pessoas com milhões, milhões esses que no fim de tudo vão para o caixão com elas, e o que fica para o futuro é o património.
Mais uma vez Parabéns pelo blog, e continuem!
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