segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Orçamento Participativo.

Caro(a) Cidadão(ã)

Conforme é do seu conhecimento, na sequência da aprovação da Carta de Princípios do Orçamento Participativo do Município de Lisboa, realizaram-se já três processos de Orçamento Participativo, de acordo com a metodologia inovadora aprovada. O número de participantes tem aumentado exponencialmente, o que vem comprovar o interesse dos cidadãos em participar activamente na resolução dos problemas da cidade.

No seguimento dos bons resultados obtidos nas edições anteriores e numa perspectiva de consolidação do processo, este ano manteremos o prazo alargado o ano passado para a apresentação de propostas e a realização de Assembleias Participativas e de Assembleias de Voto.

Nesta quarta edição, o ciclo inicia-se mais cedo que o habitual e a principal inovação é o OP Escolar, ainda em fase de projecto piloto com alunos de uma Escola Básica, num processo também consultivo e deliberativo, com um montante máximo de 50.000€ e o objectivo pedagógico de educação para a cidadania.


O calendário aprovado é o seguinte:

Apresentação de propostas, de 1 de Março a 30 de Abril;
Análise técnica das propostas pelos serviços municipais, de 1 de Maio a 15 de Julho;
Reclamações e respostas, de 18 a 22 de Julho (reclamações) e de 25 a 31 de Julho (respostas);
Votação nos projectos, de 1 a 30 de Setembro.

Para que o Orçamento Participativo 2011/2012 seja um processo ainda mais participado pelos cidadãos, é muito importante contar com o apoio e participação de todos os cidadãos. Assim, solicitamos que:


Colabore na divulgação do OP;
Garanta o apoio na informação aos cidadãos, quanto ao calendário e metodologia adoptada, bem como no processo de participação, ajudando os interessados no preenchimento das fichas de propostas e de votação de projectos;

Para qualquer esclarecimento poderá contactar a CML, através do e-mail op@cm-lisboa.pt, dos telefones 21 798 82 20 / 21 798 94 46 ou consultar o sítio Web www.lisboaparticipa.pt.

Contando com o seu imprescindível apoio no processo de Orçamento Participativo, apresentamos os nossos melhores cumprimentos,


Lisboa, 28 de Fevereiro de 2011

A Equipa OP

Vida de Artista.


Made in Portugal: grande blogue!





http://madeinportugal560.blogspot.com/

Sinais.



In http://madeinportugal560.blogspot.com/

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Amanhã há mais.


A cidade que podíamos ter.


Sinais.


Sinais.


Sinais.


Sinais.


Quando é que se faz um blogue de sinais lisboetas em extinção?


E. Hopper.


E. Hopper.


E. Hopper.


E. Hopper.


E. Hopper.


Baixa.


Baixa.


Baixa.


Pátio da Galé.


Queda de pedras, passagem de crianças.


Kind of blue.


Baixa.


"Geração à Rasca" em Lisboa e no Porto















Se acha que faz parte da "geração à rasca", marque dia 12 de Março na sua agenda. Mais de 20 mil pessoas já confirmaram, via Facebook, a sua presença no Protesto da Geração à Rasca, que decorrerá no Porto e em Lisboa.

À Agência Lusa, Paula Gil, da organização, revela que estava à espera que existissem muitas "pessoas numa situação precária", pelo que esperavam alguma participação no evento. No entanto, não estavam à espera, diz, "de um crescimento tão rápido".

O protesto serve para dar voz aos "desempregados, 'quinhentoseuristas' e outros mal remunerados", apelidados de "escravos disfarçados", diz a página do evento. O movimento garante que é "apartidário, laico e pacífico" e pretende apenas demonstrar o descontentamento de quem quer ter direito ao emprego, à educação e a melhores condições de trabalho.

Segundo Paula Gil, este foi "um movimento espontâneo e cívico" para "criar um grupo de debate" que envolvesse "políticos, empregadores, jovens, pessoas de mais idade, que neste momento se encontram em situação precária". A canção dos Deolinda "Parva que Sou", entende, "veio trazer uma certa consciência à sociedade", mas o movimento é, assegura, "fruto da frustração de muita gente".

Para já, estão marcados dois locais de protesto para dia 12 de Março: A Avenida da Liberdade, em Lisboa e a Praça da Batalha, no Porto, mas poderão surgiu, no entretanto, outros focos de manifestação noutras zonas do país. Nos Açores, diz a Lusa, uma "Manifestação da Geração à Rasca" também está a ser planeada para o mesmo dia, tendo lugar nas Portas da Cidade.

Sunday.


Capoeira.


Capoeira.


Africa.Cont: que cena é esta na 24 de Julho?


República das Crianças.


Boas novas.




















Espaço vai ter restaurantes, lojas e uma gelataria
Sócrates inaugurou hoje Patéo da Galé no Terreiro do Paço
Por Lusa

O primeiro-ministro congratulou-se hoje com “o passo de enorme” significado que a inauguração do Patéo da Galé permitiu dar na requalificação do Terreiro do Paço, considerando que agora esse objectivo “já não volta para trás”.
O espaço fica entre o edifício do Ministério da Agricultura e a sede do Turismo de Lisboa (João Henriques)

“Falta ainda muito por fazer? Falta. Mas, este passo foi muito importante”, afirmou o primeiro-ministro, José Sócrates, na inauguração do Patéo da Galé, um espaço com dois restaurantes, uma gelataria, esplanadas e lojas, localizado no Terreiro do Paço.

Sublinhando “o passo de enorme significado” agora dado para a requalificação de uma das mais importantes praças da cidade de Lisboa, José Sócrates agradeceu ao presidente da autarquia, António Costa, a oportunidade de se juntar à celebração do momento.

“Senhor presidente quero agradecer-lhe mais uma vez a oportunidade que me deu para estar aqui, não a anunciar fosse o que fosse, mas a celebrar o momento em que damos um passo e em que isto já não volta para trás”, disse, considerando que o Terreiro do Paço irá encher os portugueses de orgulho.

“Um Terreiro do Paço com funções de soberania, como deve ter, mas também com vida, com utilização”, acrescentou.

Na sua curta intervenção, o primeiro-ministro lembrou ainda “a primeira decisão corajosa” para a requalificação do Terreiro do Paço tomada pelo antigo presidente da Câmara João Soares: a retirada dos carros da praça.

“A partir daqui fica demonstrado que é possível ter um outro Terreiro do Paço, a partir daqui isto já não volta para trás”, insistiu, congratulando-se também pelo início do “segundo movimento” que agora teve início e que irá corresponder à construção de um hotel das Pousadas de Portugal nas antigas instalações do ministério da Administração Interna.

(in Público).

Lisboa à noite, pelo astronauta Paolo Nespoli.

http://www.flickr.com/photos/europeanspaceagency/5319078681/in/set-72157625509187786/

Casa do Concelho de Ponte de Lima em Campolide





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Aos sábados à noite podemos assistir aos ensaios do Grupo de Cavaquinho e do Rancho enquanto conversamos e bebemos com os amigos.
Telefone/Fax 21 387 62 48 - 96 907 34 60
Email
revistalimiana@sapo.pt
jpereirasilva@netcabo.pt
ccpl.forumvila.com

Cuidado com as imitações.





















Carregar na imitação para ouvir Sérgio Godinho.
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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Em Lisboa, o crime compensa.






























A
A
Neste gaveto do oitocentista Bairro da Estefânia existiu um elegante prédio de habitação de 1910 marcando enfáticamente o Largo de D. Estefânia. E nele habitou, durante algum tempo, o poeta Fernando Pessoa. Mas tudo isto parecem ser valores de pouca importância para Lisboa. Depois da nova proprietária do prédio - a empresa CÁFE - o ter votado conscientemente e activamente ao abandono, o pedido de autorização para a sua destruição foi dado pela CML e o imóvel prontamente demolido em 2010. A empresa proprietária foi vergonhosamente negligente e nunca nada fez para salvaguardar o património que tinha nas suas mãos. Aliás, a 23 de Outubro de 2007 teve o atrevimento de iniciar, ilegalmente, a demolição da cobertura do prédio - que só foi travada depois da intervenção da Polícia Municipal! Porque razão a CÁFE nunca foi responsabilizada, penalizada pela CML? Em vez disso foi "premiada" pelo Pelouro do Urbanismo com luz verde para a demolição. Lisboa, cada vez mais uma cidade de lugares vazios.
F Jorge

Lumiar... a apagar.























Este edifício localiza-se no centro do Lumiar, entalado entre dois edifícios modernos, junto do Centro Comercial na Al. das Linhas de Torres, teimosamente resiste, dando apenas neste momento abrigo aos pombos que por lá fazem a sua vida.

Em 2007 suspeitava-se que iria ser substituído por mais um bloco de cimento, pois o estado de degradação era tal que colocava em risco à data, a segurança de quem por ali passava.

Passados quatro anos, como devem calcular o risco aumentou consideravelmente, embora tenha sido colocado uma protecção junto ao passeio, para evitar males maiores.

Este edifício foi em tempos aula infantil, cantina e balneário e pertenceu à Sociedade Instrução e Beneficência José Estêvão fundada em 1911, perfazendo agora o seu centenário

O Lumiar irá perder mais um ponto de interesse local e assim se apaga a historia.

Aproveito o momento para falar dos centros escolares republicanos que fazem parte da riquíssima história do associativismo, tão vigoroso na segunda metade do século XIX e nas primeiras décadas do século XX e o Lumiar faz parte deste roteiro Republicano.

Fenómeno também europeu, o associativismo oitocentista visava responder aos problemas e solicitações sociais decorrentes de transformações muito importantes, então vividas tanto na sociedade portuguesa como nas demais sociedades dos países ocidentais.

Entre essas transformações, merece referência particular o fenómeno do desenvolvimento das cidades, decorrente do crescimento demográfico e das intensas migrações do campo para as cidades.

É neste contexto historicamente inédito que se assiste ao declínio de formas tradicionais de sociabilidade, à proletarização de camadas importantes da sociedade, à emergência de formas novas de pobreza e mesmo ao agravamento de formas de comportamentos desviantes como o alcoolismo, a vadiagem e a prostituição. Da imensa variedade de todos esses problemas decorre a infinita variedade das associações então criadas, muito diversas quanto à sua natureza, às suas finalidades e às qualidades e condições sociais dos seus associados.

As associações surgem assim como resposta a problemas sociais graves de desenraizamento e de sociabilidade, pois visam o reenquadramento social do indivíduo, sobretudo urbano, numa determinada “associação”, que pode ter objectivos meramente bairristas, ou então sérias motivações profissionais, culturais, filantrópicas, cívicas, políticas, recreativas ou mesmo explicitamente educativas.

A pujança do associativismo oitocentista acaba por envolver todas as camadas sociais, embora seja de longe mais intenso nas cidades, entre as classes médias e as camadas mais pobres da sociedade.

Sabemos que a generalidade das associações tinha objectivos estritamente laicos e era muitas vezes politicamente progressista. Muitas das associações criadas entre nós no último quartel do século XIX tinham, porém, uma importante acção cultural e educativa.

Era necessário e urgente acudir ao gravíssimo problema social proporcionado pela existência de amplas camadas infanto-juvenis vítimas da pobreza, da orfandade, do abandono e do analfabetismo. Face à falência ou à inoperância dos sistemas assistenciais e educativos do Estado, muitas associações procuraram contribuir, cada uma de acordo com a sua natureza, os seus fins e os seus meios para a resolução, sempre pontual e localizada, dos problemas sociais vividos pelas crianças e jovens da comunidade em que se integravam e que serviam. Por isso, muitas das associações então criadas procuravam contribuir para a criação e sobretudo para a educação das crianças desprotegidas, de modo a transforma-las em verdadeiros cidadãos, devidamente escolarizados, portadores de uma eficiente formação profissional, como hoje diríamos e, enfim, úteis à comunidade.

Por outro lado, face às fragilidades do sistema oficial de ensino, nomeadamente ao nível do ensino primário, havia que procurar alternativas mais ou menos informais e até improvisadas mas que respondessem, mesmo que parcialmente, a alguns dos problemas inerentes à deficiente escolaridade dos portugueses e em particular ao problema do analfabetismo. Assim, desde pelo menos o início dos anos 80 do Século XIX que se vão improvisando e ensaiando, promovidos por entidades particulares, modelos organizativos de escolas e de cursos alternativos à escola oficial e às suas graves deficiências. Visava-se quer o combate às carências escolares de sectores importantes da população, quer o ensaio de modelos escolares e pedagógicos alternativos, eventualmente conducentes a uma praxis e a uma escola “nova” e mesmo “republicana”.

Pela sua origem, pela sua natureza, pelos seus objectivos e até pelos seus estatutos, os Centros Escolares Republicanos distinguem-se de outras associações e sociedades da época, mesmo quando estas também tivessem, embora sempre subsidiariamente, objectivos educativos. Com efeito, os Centros Escolares Republicanos, pelos seus estatutos, tinham como objectivo determinante uma função escolar, proporcionando educação e formação a segmentos importantes da comunidade em que se inseriam e que serviam. Os Centros Escolares Republicanos distinguem-se, do mesmo modo, dos chamados Centros Republicanos, pois estes tinham essencialmente objectivos políticos e partidários.


J Carlos Antunes

Bairro Arte.



http://www.bairroarte.com

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Helena Matos - 2; António Costa - 0.


























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O cubinho da questão

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa mostra-se não sei se surpreendido se indignado (ou ambas as coisas) com o facto de entre os 184 endereços municipais que indiquei como alternativas ao gabinete que vai instalar no n.º 27 do Largo do Intendente, alugado e renovado para o efeito, se encontrarem "36 (!) sedes de juntas de freguesia", os Julgados de Paz de Lisboa, o Pólo Tecnológico de Lisboa, a Orquestra Metropolitana, 14 são gabinetes de atendimento nos bairros municipais, museus, teatros etc... Mas é precisamente isso e escrevi-o no texto: escolhi locais onde já funcionam serviços municipais e onde a presença temporária do gabinete do presidente da autarquia seria tão necessária ou desnecessária, eficaz ou demagógica quanto no n.º 27 do Largo do Intendente. O edifício da antiga fábrica da Viúva Lamego no Intendente terá (ou teria antes das obras que a CML aí está a fazer) certamente menos condições para aí se instalar um gabinete para o presidente da autarquia do que as salas/auditório do Padrão dos Descobrimentos cuja inclusão na lista de endereços tanto chocou António Costa.

Contudo, se o presidente da autarquia se sente chocado com o facto de eu sugerir que partilhe o espaço com outros serviços municipais (e já que se obstina em levar o seu gabinete para fora dos paços do concelho e das instalações faraónicas da CML no Campo Grande) tomo a liberdade de lhe sugerir os inúmeros edifícios devolutos propriedade da CML - a CML é o maior proprietário de edifícios na capital -, os prédios que a EPUL tem construído e que não aluga nem vende, sem esquecer as 1086 lojas existentes nos bairros municipais, na sua maioria fechadas e sem outra utilidade aparente que não seja a de contribuírem para o ar degradado desses bairros. Mesmo sem sairmos da zona do Intendente, tem a CML por intermédio da EPUL, segundo leio nos jornais, edifícios à espera de utilização nas ruas do Benformoso, Amendoeira, Capelão, João do Outeiro e Escadinhas do Marquês de Ponte de Lima. E na Avenida das Forças Armadas, bem próxima das instalações da CML, está aquela urbanização, também da EPUL, que, à falta de residentes, mais parece uma mansão de Ceausescu, nos dias da queda do regime comunista romeno.

Não percebo, e creio não estar só nesta minha dificuldade de entender, o que leva a autarquia de Lisboa a alugar e fazer obras num edifício para aí instalar temporariamente um gabinete que no caso é o do seu presidente mas podia ser outro qualquer. O que não falta à CML são locais para instalar os seus serviços. Aliás, se da instalação desses serviços numa determinada zona da cidade resultasse algum benefício e estímulo para os bairros em questão, como acredita António Costa que irá acontecer com a sua mudança para o Intendente, Lisboa seria a mais afortunada e estimulada das cidades tal a profusão de serviços e edifícios municipais por ela espalhados.

Uma das vantagens destas polémicas, sob a forma de epístolas, é que elas permitem abordar vários assuntos. E assim, nem de propósito, no embalo do património municipal aproveito para tratar dos cubos com o presidente da autarquia de Lisboa, que, pese considerar que eu escrevo "dislates", sempre se deu ao trabalho de me responder.

Mas vamos ao que me interessa, ou seja, aos cubos. Na verdade, já não os posso ver. Ganhei-lhes um fastio militante. Falo dessas coisas cúbicas, com uns painéis de madeira, outros de metal e umas janelas encaixadas lá no fundo, a lembrar umas fortalezas, com que se têm revestido escolas e demais edifícios públicos por esse país fora. Tudo aquilo me parece uma recriação da arquitectura do efémero que fez as delícias dos nossos antepassados barrocos: não se vê o que está por baixo e desfaz-se ao primeiro safanão dos ventos ou inclemência do sol. Dos pavilhões multiusos aos cafés de praia que dantes eram amarelos, verdes e de feitios vários já sobram poucos que não tenham sido submetidos à estética dos cubos.

Mas a que vem esta conversa sobre cubos com o presidente da CML? Porque a próxima vítima do cubo-encaixotamento vai ser a lindíssima piscina do Campo Grande, da autoria de Keil do Amaral.

Senhor presidente da CML, eu posso escrever dislates, como afirmou ontem neste jornal, mas acredite que um presidente da autarquia de Lisboa que deixa destruir um edifício como aquele, que não vale apenas por ele mesmo mas também pela forma como se integra naquele jardim, arrisca-se a ficar na história da cidade por algo bem pior do que ter dito ou escrito uns dislates. De mim, amanhã ninguém lembrará os textos. De si poderão dizer: dantes havia aqui um belo edifício que um presidente de câmara deixou destruir para que se fizesse isso que aí vêem.

Helena Matos.

António Costa: resposta a Helena Matos.



















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Ver para crer

Não tenho o hábito de perder tempo a responder aos dislates que a senhora Helena Matos me dedica.

Infelizmente, desta vez, atinge o município de Lisboa, pelo que me vejo obrigado a solicitar a publicação do presente esclarecimento.

Listou 184 moradas de serviços do município. Não valorizo muito a duplicação resultante de 10 dessas moradas corresponderem a edifícios com duas frentes de rua. Nem o facto de vários serem propriedade do município, mas estarem cedidos a terceiros para instalação dos respectivos serviços: os Julgados de Paz de Lisboa, uma esquadra da PSP, o Pólo Tecnológico de Lisboa, a Orquestra Metropolitana, ou 36 (!) sedes de juntas de freguesia. Ou o Jardim Zoológico, que não é propriedade, nem um serviço do município. Menos ainda o facto de, num outro caso, há muitos meses ter o município cessado o respectivo arrendamento.

Limito-me a informar, quanto aos restantes, que 25 dessas instalações são ocupadas por mercados; 20 por piscinas ou pavilhões desportivos; 15 por bibliotecas ou outros equipamentos culturais, como a Casa Fernando Pessoa; 14 são gabinetes de atendimento nos bairros municipais; cinco teatros; cinco parques ou jardins; três museus; e até o Castelo de São Jorge e o Padrão dos Descobrimentos!

Os demais acolhem serviços diversos, dos paços do concelho a outros, que, pela sua natureza, têm de estar dispersos pela cidade, com postos de limpeza, quartéis do Regimento de Sapadores Bombeiros, etc.

A máquina municipal é pesada? Por isso, está a ser reestruturada e reformada com um novo modelo de governo da cidade. Não contempla é a falta de rigor da senhora Helena Matos.

António Costa

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa