domingo, 22 de janeiro de 2012

António Peralta, um génio.



















































































































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António Peralta. Um génio. Morreu nos anos oitenta, muito antes da recuperação revivalista dos costumes d'outrora ou da revisitação do «tradicional» feita por Joana Vasconcelos ou vendida por Catarina Portas. Comparado com ele, Damien Hirts é um pezudo previsível e tardio. Este, sim, é um pioneiro. Poucos o conheceram. Vinha de longe vender os seus quadros-esculturas em Lisboa, em lojas escondidas, a conhecidos, em adelos de Alfama. Os seus quadros surpreendem. Desde logo, pela genialidade de Peralta os fazer assim. E de contar histórias com humor, com laivos de surrealismo, aproveitando com suprema inteligência as histórias da pátria, os clichés, as cenas de ocasião, namoricos e touradas, tabernas e scenas d'África. Aqui, o naïf é genuíno, puro, mas matreiro e certeiro. Começou a esculpir no início dos anos 60. Um génio absoluto. Gostava de ler sendo homem de poucas letras. Ignorado, reaparece agora em todo o seu esplendor - no Museu de Etnologia, no Restelo. Em Lisboa, pois claro. Se não for lá, é parvo/parva/parv@.

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