segunda-feira, 6 de julho de 2009

Arte ou vandalismo?





























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Mantivemos um interessantíssimo diálogo com o autor destes «pouchoirs». Isto é arte. Aqui há inteligência absoluta, um humor fino, uma ironia cortante. O autor pinta locais destruídos, com o sarcástico «Demolido de Fresco». Foi o criador do notável «Troco Magalhães por Playstation». Anima as ruas com o seu corrosivo sentido da realidade. E com a qualidade do seu trabalho. Não estraga paredes por estragar, com «tag's» e rabiscos. Isto faz bem a uma cidade, anima-a. O problema é saber que limites impor à «street art». Isto é bom, artístico, mas os rabiscos selváticos ou os gritos alarves nas estátuas e em monumentos já não são «arte». Quem define os limites? Quem arbitra o gosto? Mais: isto não alimentará um «caldo de cultura» em que existem os bons (geniais, como este) e os horríveis imitadores? São perguntas que deixamos à consideração dos leitores. Mas reparem que aqui há subtileza, há critério na escolha dos locais (colchões, por exemplo...), há «mão» do artista no traço. Não somos sectários nem pretendemos impor uma verdade. Queremos que isto se discuta. Porque isto (não os rabiscos) vale a pena ser discutido.

3 comentários:

Pedro Candeias disse...

Faz lembrar o Banksy
http://www.artofthestate.co.uk/Banksy/banksy.htm

Rafael Santos disse...

Confesso que me chateia menos este tipo de pinturas do que os rabiscos que fazem nas estátuas como tem sido vítima, a de São Vicente no Largo Portas do Sol, por exemplo.

Este tipo de pintura aqui referido acaba por criar através da ironia e do humor, boa disposição entre os traseuntes. A do polícia por exemplo, recordo-me de uma dessas pinturas ali nos Olivais já como quem vai para a Praça José Queiroz que ate parece propositadamente de costas para não ver a quantidade de vezes que o traço contino é pisado pelos automóveis que entram na rotunda...

Como digo há coisas que me fazem bastante mais confusão, como por exemplo, alguém aproveitar uma simples cadeira de um autocarro para deixar lá um preservativo para gozar ou com o motorista ou com os restantes passageiros.

Não não estou a gozar :) tirei foto e já está inserida em mais uma história do meu quotidiano em http://diariodotripulante.blogspot.com

Cumprimentos

Gastão de Brito e Silva disse...

Isto É ARTE!!! Faz sentir alguma emoção e não é culturalmente poluente, é pena alguns dos exemplos serem efémeros...se o Berardo ou Serralves vêm estes trabalhos, o nosso artista ainda pode sair do anonimato...