sexta-feira, 2 de abril de 2010

Porta-aviões nuclear francês Charles de Gaulle fundeado no Tejo





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O tráfego fluvial resultou no alargado número de docas construídas no porto de Lisboa para tráfego local e não só... Destaco para fins militares: as docas do Bom Sucesso (aviação naval; hoje usada como marina), Belém (submarinos; hoje continua a ser usada como marina - é, aliás, a mais antiga doca de recreio de Lisboa); e Terreiro do Trigo (mais tarde tomou o nome de Doca da Marinha - ainda terminal das ligações com a Base Naval do Alfeite, junto à Cova da Piedade. Anteriormente esta ligação era feita a partir do antigo Arsenal da Marinha, hoje sem acesso directo à margem devido ao aterro da Avenida Ribeira das Naus).Para pesca: doca de Pedrouços (construída nos anos 60 e desactivada desde 2005. A população piscatória de Lisboa foi deslocada para o porto de Sesimbra e a pesca local para o simulacro de doca na antiga Cova do Vapor. Hoje é usada como base dos Pilotos da Barra de Lisboa, dada a proximidade da Torre (inclinada) de Controlo do Tráfego Marítimo).Para cargas, recreio e estacionamento de embarcações desactivadas: docas de Santo Amaro (conhecida pela doca do pinho - onde se fazia a descarga de lenha e carvão - hoje é usada pelos clubes de remo (ANL e CF) e o restante espaço é uma das seis marinas da margem Norte: Bom Sucesso, Belém, Santo Amaro, Jardim do Tabaco, Poço Bispo e marina do Parque das Nações - de momento desactivada por assoreamento); Alcântara (a maior - com extensão e fundos que permitem receber navios oceânicos); Jardim do Tabaco (junto a Santa Apolónia, sede da Aporvela e de uma das réplicas das caravelas de 500); Poço do Bispo (hoje é depósito de navios a aguardar abate e de embarcações de recreio); e Cabo Ruivo (hoje é a doca dos Olivais, exclusiva do Oceanário e usada como pista de recreio para "gaivotas" de pedais e outras embarcações juvenis - anteriormente foi o terminal das carreiras de hidroaviões para Inglaterra, Madeira, Estados Unidos e Argentina, entre as companhias aéreas que usaram este primeiro Aeroporto Internacional de Lisboa, lembramos a British Imperial Airways, Aquilla Airways, Aerotop, Pan American e FAMA. Até à Expo'98 a secção náutica do Clube TAP usou o antigo terminal de Cabo Ruivo como sede das actividades da náutica de recreio dos seus sócios. Cabo Ruivo faz parte integrante da história dos pioneiros da aviação em Portugal).
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Para a Doca de Pedrouços está prevista a requalificação do espaço público, a criação de uma área de actividades económicas e outra ligada às ciências médicas, por reconversão da antiga Doca Pesca, e a criação de novas ligações directas (viárias e pedonais) entre a cidade e o rio e o concelho de Oeiras. Abrange igualmente a criação de um percurso pedonal de atravessamento de toda esta zona, desembocando no rio, em frente do Forte do Bom Sucesso.Prevê igualmente a integração do centro náutico para vela e motonáutica, compatibilizando a organização da ‘Volvo Ocean Race’ para 2011/2012, a reabilitação da praia de Algés, criando um espaço lúdico recreativo com zona de praia e uma piscina flutuante, tudo em articulação com o município de Oeiras.
Tudo da responsabilidade da Parque Expo!
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Agora a realidade...

1 comentário:

Gastão de Brito e Silva disse...

Fantástico e completíssimo post, além de excepcionalmente fotografado...

Ficamos a aguardar que os heróis do mar dêem conta da realidade e façam algo pelo bem estar e pelas memórias deste País à beira mar plantado...