terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Centro de Saúde da Graça: que se passa?





Lisboa
Autarcas juntaram-se na Graça contra fecho de extensão do centro de saúde

Os presidentes das juntas de freguesia da Graça, São Vicente de Fora, Madalena e Santo Estêvão, em Lisboa, concentraram-se hoje à porta da extensão das Mónicas do Centro de Saúde para contestar o encerramento para obras.

A maioria dos utentes são pessoas idosas.

Acompanhados por alguns utentes, maioritariamente idosos que aguardavam consulta, os autarcas defendem que não faz sentido fazer obras num edifício privado, quando podem ser encontradas alternativas definitivas num imóvel do Estado.

“Estamos aqui para não deixar fechar o centro”, disse a presidente da Junta de Freguesia de Santo Estêvão, Maria de Lurdes Pinheiro, enquanto distribuía comunicados à população com as razões da discórdia. “Temos informação que vai fechar três meses para obras, mas as juntas entendem que não há necessidade de fechar sem terem conversado connosco”, afirmou a autarca.

A maioria dos utentes, acrescentou, são pessoas idosas, com dificuldades de locomoção, a quem vai causar “um grande transtorno” terem de se deslocar ao Bairro Alto para atendimento, enquanto decorrerem as obras. Os autarcas já pediram reuniões à ministra da Saúde, Ana Jorge, à Administração Regional de Saúde e à Câmara Municipal de Lisboa para discutir a questão. “As pessoas nem sabem que vai fechar porque não há qualquer informação no centro”, indicou Maria de Lurdes Pinheiro.

De acordo com os autarcas presentes, o serviço é utilizado por cerca de 50.000 pessoas. No documento hoje distribuído, a que se associam as juntas de freguesia de Santiago, São Miguel, São Cristóvão, Castelo e São Paulo, os autarcas dizem que a população foi apanhada desprevenida.

A directora do Centro de Saúde da Graça, Margarida Mendes, adiantou que as obras deverão iniciar-se até ao final do mês e se devem aos problemas de funcionamento da cadeira alternativa que permite a deslocação entre os dois andares do prédio. A responsável explicou que, apesar de algumas juntas terem oferecido instalações para acolher os serviços, os espaços não eram os mais adequados.

(in Público).

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