Há quem não goste do granito pesado e cinzento. Mas para nós o Porto é uma cidade bonita. Desta vez colocamos algumas fotos das escarpas do Douro.
Dos Guindais às Fontainhas, concentram-se, novamente, os defeitos que encontramos por Portugal inteiro: habitações degradadas e devolutas, decadência e esvaziamento populacional e económico dos centros urbanos, ocupação do espaço público por toxicodependentes, ausência de medidas que controlem a degradação da paisagem urbana e que limitem fenómenos com os discos das antenas de televisão ou a invasão dos grafittis e dos tags, falta de espaços verdes, incapacidade das câmaras em levar avante os projectos e as intenções de reabilitação. A lista podia continuar e seria longa.
Na escarpa das Fontainhas já houve várias derrocadas e até incêndios. O bairro é regularmente notícia em jornais nacionais como o «Público», o «Diário de Notícias» ou o «Jornal de Notícias». Em 2000 50 famílias tiveram de ser realojadas porque parte da encosta cedeu. Outras continuam à espera em habitações miseráveis. O último incêndio, a 26 de Julho de 2010, destruiu 20 casas abandonadas. Apesar da beleza cenográfica, esta parte da escarpa do Douro continua a parecer a versão nacional de uma favela. Em Lisboa houve em tempos um arquitecto palerma que se lembrou de acentuar a extraordinária beleza do Casal Ventoso, como se uma cidade fosse só feita de edifícios. Pena é que morem pessoas lá dentro, pena que essas pessoas mereçam bem melhor.
Já se fizeram vários projectos para a zona da escarpa das Fontainhas, alguns deles do arquitecto Adalberto Dias, de quem os lisboetas, provavelmente, só se recordam pelo polémico elevador para o Castelo de São Jorge, projectado em 2001. No Porto, ele foi o responsável pelo funicular dos Guindais que nos surpreendeu pela simplicidade e elegância. Pena ele não ter proposto uma solução semelhante para as colinas de Lisboa. Tínhamos todos ficado a ganhar.
Na escarpa das Fontainhas já houve várias derrocadas e até incêndios. O bairro é regularmente notícia em jornais nacionais como o «Público», o «Diário de Notícias» ou o «Jornal de Notícias». Em 2000 50 famílias tiveram de ser realojadas porque parte da encosta cedeu. Outras continuam à espera em habitações miseráveis. O último incêndio, a 26 de Julho de 2010, destruiu 20 casas abandonadas. Apesar da beleza cenográfica, esta parte da escarpa do Douro continua a parecer a versão nacional de uma favela. Em Lisboa houve em tempos um arquitecto palerma que se lembrou de acentuar a extraordinária beleza do Casal Ventoso, como se uma cidade fosse só feita de edifícios. Pena é que morem pessoas lá dentro, pena que essas pessoas mereçam bem melhor.
Já se fizeram vários projectos para a zona da escarpa das Fontainhas, alguns deles do arquitecto Adalberto Dias, de quem os lisboetas, provavelmente, só se recordam pelo polémico elevador para o Castelo de São Jorge, projectado em 2001. No Porto, ele foi o responsável pelo funicular dos Guindais que nos surpreendeu pela simplicidade e elegância. Pena ele não ter proposto uma solução semelhante para as colinas de Lisboa. Tínhamos todos ficado a ganhar.
Sem comentários:
Enviar um comentário