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Diz que a loja do Marreco virou conserveira
Anzóis e canas são só para decorar. O peixe já foi pescado há muito e é para ser saboreado
Diz que a loja do Marreco virou conserveira
Anzóis e canas são só para decorar. O peixe já foi pescado há muito e é para ser saboreado
As conservas, disponíveis para degustação ou para levar para casa, são todas portuguesas 2/2 + fotogalería ."Eh pá, finalmente abriu a loja do Marreco!", é o que alguns velhotes do Cais do Sodré, em Lisboa, exclamam quando vêem que a Sol e Pesca voltou a abrir portas. A loja de artigos de pesca sempre foi conhecida pela alcunha do dono. Mal entramos somos surpreendidos pelas redes que caem do tecto e pelos anzóis e canas de pesca expostos numa das paredes. Um poster declama "I love fishing". O espaço manteve o nome e o espírito, mas não o negócio: agora é uma conserveira, onde se pode beber um copo e degustar os produtos.
A Sol e Pesca abriu há pouco mais de um mês, na Rua Nova do Carvalho, e quer reavivar a tradição das conservas, sem pretensiosismos gourmet. Percorre metade da loja um armário envidraçado com caixas de cartão em tons de amarelo, vermelho e verde, de marcas quase esquecidas: Cocagne, Sta. Catarina, Ramirez, Comur, etc. "Algumas das latas em vez de dizerem ''cavala'' dizem ''maquereau''", explica a gestora Bárbara Matos, "porque como é típico do português algumas coisas produzidas cá são só exportadas porque não são apreciadas aqui".
Os preços dos enlatados são acessíveis, dos 80 cêntimos aos quatro euros. Se ficar mesmo fã há uma lata de um quilo de enguias disponível por 33 euros. A prova vem com pão alentejano e para dar um gostinho extra ao peixe eleito pode escolher entre azeite, piripíri, vinagre ou alcaparras. Mas na opinião do arquitecto Henrique Vaz Pato, um dos donos da loja, "o objectivo é sentir o verdadeiro sabor do peixe, sem grandes adornos".
Os vinhos também prezam a alma lusa - são todos portugueses. Se beber a copo, vai sair-lhe entre 1,50 e três euros. O preço das garrafas varia entre os dez e os 17 euros. Se ainda estiver em mood de festejos pela noite adentro, pode optar pelo espumante: 24 euros.
Primeiro estranha-se... A loja de artigos de pesca estava abandonada há mais de 20 anos. Henrique Vaz Pato, que também é co-proprietário da Cantina Lx, resolveu "aproveitar a memória" do espaço e adaptá-la "a uma nova actividade". Bárbara lembra que os acessórios em exposição são meramente decorativos. Para já, está surpreendida com a recepção, mesmo sendo a Sol e Pesca a única conserveira de Lisboa que faz provas. "Pensei que iria levar mais tempo a habituar as pessoas a vir provar conservas, não é uma coisa tão comum quanto isso".
De luz amarela fraca, cheiro nostálgico e Vinicius de Moraes a tocar de fundo, o espaço destaca-se da zona envolvente: o Bar Cais e o MusicBox. Mas o objectivo era mesmo esse: "Não fazer grandes alterações, nem deitar paredes abaixo, trabalhar com o que existe", explica Bárbara. "E realmente parece um sítio particular, não é?"
Rua Nova do Carvalho, n.º 44
De terça-feira a sábado
Das 18h00 às 2h00
(in jornal «i»).
A Sol e Pesca abriu há pouco mais de um mês, na Rua Nova do Carvalho, e quer reavivar a tradição das conservas, sem pretensiosismos gourmet. Percorre metade da loja um armário envidraçado com caixas de cartão em tons de amarelo, vermelho e verde, de marcas quase esquecidas: Cocagne, Sta. Catarina, Ramirez, Comur, etc. "Algumas das latas em vez de dizerem ''cavala'' dizem ''maquereau''", explica a gestora Bárbara Matos, "porque como é típico do português algumas coisas produzidas cá são só exportadas porque não são apreciadas aqui".
Os preços dos enlatados são acessíveis, dos 80 cêntimos aos quatro euros. Se ficar mesmo fã há uma lata de um quilo de enguias disponível por 33 euros. A prova vem com pão alentejano e para dar um gostinho extra ao peixe eleito pode escolher entre azeite, piripíri, vinagre ou alcaparras. Mas na opinião do arquitecto Henrique Vaz Pato, um dos donos da loja, "o objectivo é sentir o verdadeiro sabor do peixe, sem grandes adornos".
Os vinhos também prezam a alma lusa - são todos portugueses. Se beber a copo, vai sair-lhe entre 1,50 e três euros. O preço das garrafas varia entre os dez e os 17 euros. Se ainda estiver em mood de festejos pela noite adentro, pode optar pelo espumante: 24 euros.
Primeiro estranha-se... A loja de artigos de pesca estava abandonada há mais de 20 anos. Henrique Vaz Pato, que também é co-proprietário da Cantina Lx, resolveu "aproveitar a memória" do espaço e adaptá-la "a uma nova actividade". Bárbara lembra que os acessórios em exposição são meramente decorativos. Para já, está surpreendida com a recepção, mesmo sendo a Sol e Pesca a única conserveira de Lisboa que faz provas. "Pensei que iria levar mais tempo a habituar as pessoas a vir provar conservas, não é uma coisa tão comum quanto isso".
De luz amarela fraca, cheiro nostálgico e Vinicius de Moraes a tocar de fundo, o espaço destaca-se da zona envolvente: o Bar Cais e o MusicBox. Mas o objectivo era mesmo esse: "Não fazer grandes alterações, nem deitar paredes abaixo, trabalhar com o que existe", explica Bárbara. "E realmente parece um sítio particular, não é?"
Rua Nova do Carvalho, n.º 44
De terça-feira a sábado
Das 18h00 às 2h00
(in jornal «i»).
1 comentário:
Por acaso já tinha lido a notícia no I. Mas fico contente, com a abertura de uma loja que mantém a tradição e costumes da zona...
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