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1,6 milhões de euros para pôr Lisboa a falar de casas
por LINA SANTOS
Evento começa dentro de seis meses e dura 90 dias.
Falemos de Casas, tal qual começa o poema de Herberto Hélder, é o tema central da 2.ª Trienal de Arquitectura de Lisboa (TAL), que começa dentro de exactos seis meses, entre 14 de Outubro e 16 de Janeiro de 2011. "Reflectir sobre aquela que é, para a maior parte das pessoas, o arquétipo do trabalho do arquitecto e equacionar a especificidade do lugar e o mundo globalizado em que vivemos" são, segundo o curador-geral, Delfim Sardo, os objectivos. "Equacionar a casa, voltar a celebrar o direito à habitação condigna, procurar antecipar respostas", é a outra missão do evento, considera João Belo Rodeia, presidente da Ordem dos Arquitectos (OA). O orçamento total ronda os 1,6 milhões de euros, avança o director executivo da TAL, o arquitecto José Mateus.
"É mais baixo do que em 2007, mas vão perceber que vamos fazer mais", garante o responsável. Para já porque este ano os locais onde decorrem as exposições - museus e galerias - estão já preparados para as receber e "não obrigam a gastar recursos financeiros". Há três anos, pelo contrário, tendo privilegiado espaços como o Pavilhão de Portugal e a Cordoaria Nacional, "gastámos muito dinheiro a montar exposições e luzes, em coisas acessórias". Nesse ano, o tema era, precisamente,"Vazios Urbanos".
Este ano, democratizar estará na ordem do dia. "Abrir a cultura às pessoas, chamá-las para aspectos importantíssimos da arquitectura" é, frisa José Mateus, outro objectivo. Por isso, a entrada é livre e a própria conferência internacional, que acontece em Novembro, custará um terço do que valia em 2007.
A boa notícia, sublinha em tom irónico, António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, uma das entidades que se associam à 2.ª Trienal de Arquitectura de Lisboa, é que acontecerá três anos depois da primeira iniciativa, ou seja, sem nenhum atraso.
A 2.ª TAL durará mais um mês do que a primeira. "É um período em que as escolas estão a funcionar", nota José Mateus. Ancorada nos seus serviços educativos, a Trienal pretende dirigir-se aos estudantes, nomeadamente os do ensino primário.
A programação da TAL (ver caixa) inclui ainda a participação na 12.ª Bienal Internacional de Arquitectura de Veneza (Itália), sob o título People Meet Architecture, que decorre entre 29 de Agosto e 21 de Novembro, uma parceira com o Ministério da Cultura/Direcção-Geral das Artes.
Estão ainda previstos vários eventos paralelos promovidos por parceiros da TAL, e espalhados pelo Museu da Cidade (António Bolota, A Última Luz do Dia) e várias galerias, cruzando fronteiras disciplinares entre as artes visuais e performativas e a arquitectura, como o projecto White Box #2, de Rui Horta, a mostra de Pedro Cabrita Reis na Appleton Square, o projecto Empty Cube, de Pedro Gadanho, Futureland, conjunto de fotografias de Nuno Cera, patente na galeria Pedro Cera, ou Erwin Wurm (Cristina Guerra Contemporary Art) ou Ivan Grubanov (Marz Galeria).
(in Diário de Notícias)
por LINA SANTOS
Evento começa dentro de seis meses e dura 90 dias.
Falemos de Casas, tal qual começa o poema de Herberto Hélder, é o tema central da 2.ª Trienal de Arquitectura de Lisboa (TAL), que começa dentro de exactos seis meses, entre 14 de Outubro e 16 de Janeiro de 2011. "Reflectir sobre aquela que é, para a maior parte das pessoas, o arquétipo do trabalho do arquitecto e equacionar a especificidade do lugar e o mundo globalizado em que vivemos" são, segundo o curador-geral, Delfim Sardo, os objectivos. "Equacionar a casa, voltar a celebrar o direito à habitação condigna, procurar antecipar respostas", é a outra missão do evento, considera João Belo Rodeia, presidente da Ordem dos Arquitectos (OA). O orçamento total ronda os 1,6 milhões de euros, avança o director executivo da TAL, o arquitecto José Mateus.
"É mais baixo do que em 2007, mas vão perceber que vamos fazer mais", garante o responsável. Para já porque este ano os locais onde decorrem as exposições - museus e galerias - estão já preparados para as receber e "não obrigam a gastar recursos financeiros". Há três anos, pelo contrário, tendo privilegiado espaços como o Pavilhão de Portugal e a Cordoaria Nacional, "gastámos muito dinheiro a montar exposições e luzes, em coisas acessórias". Nesse ano, o tema era, precisamente,"Vazios Urbanos".
Este ano, democratizar estará na ordem do dia. "Abrir a cultura às pessoas, chamá-las para aspectos importantíssimos da arquitectura" é, frisa José Mateus, outro objectivo. Por isso, a entrada é livre e a própria conferência internacional, que acontece em Novembro, custará um terço do que valia em 2007.
A boa notícia, sublinha em tom irónico, António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, uma das entidades que se associam à 2.ª Trienal de Arquitectura de Lisboa, é que acontecerá três anos depois da primeira iniciativa, ou seja, sem nenhum atraso.
A 2.ª TAL durará mais um mês do que a primeira. "É um período em que as escolas estão a funcionar", nota José Mateus. Ancorada nos seus serviços educativos, a Trienal pretende dirigir-se aos estudantes, nomeadamente os do ensino primário.
A programação da TAL (ver caixa) inclui ainda a participação na 12.ª Bienal Internacional de Arquitectura de Veneza (Itália), sob o título People Meet Architecture, que decorre entre 29 de Agosto e 21 de Novembro, uma parceira com o Ministério da Cultura/Direcção-Geral das Artes.
Estão ainda previstos vários eventos paralelos promovidos por parceiros da TAL, e espalhados pelo Museu da Cidade (António Bolota, A Última Luz do Dia) e várias galerias, cruzando fronteiras disciplinares entre as artes visuais e performativas e a arquitectura, como o projecto White Box #2, de Rui Horta, a mostra de Pedro Cabrita Reis na Appleton Square, o projecto Empty Cube, de Pedro Gadanho, Futureland, conjunto de fotografias de Nuno Cera, patente na galeria Pedro Cera, ou Erwin Wurm (Cristina Guerra Contemporary Art) ou Ivan Grubanov (Marz Galeria).
(in Diário de Notícias)
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