Lançamento do livro «Os Jardins do Palácio Nacional de Queluz», 13 Dezembro 2011, 17h, Palácio Nacional de Queluz.

Os Jardins do Palácio Nacional de Queluz são hoje, tal como na segunda metade do século XVIII, objecto de grande atenção, cuidado e ambição. Embora apresentando alterações ao seu traçado inicial e transformações que o tempo e as vicissitudes da história se encarregaram de lhe conferir, permanece na sua identidade o cunho do empreendedorismo de D. Pedro e do génio artístico de Jean-Baptiste Robillion e de um largo escol de artistas que aqui deixaram um testemunho de inegável riqueza patrimonial.

As esculturas que habitam o jardim, num vasto conjunto de representação adequada a um jardim de vilegiatura da Família Real e plenamente integrada no gosto da época, os lagos e fontes, que ornamentam e enchem de musicalidade e harmonia alamedas e bosquetes e o Canal de Azulejos, que nos remete para um cenário único de paisagem e memória, constituem exemplos da excepcionalidade artística e paisagística deste Jardim, que o tornam um local de incontornável referência no património nacional e internacional.

Foi justamente em torno do carácter único do Jardim e da centralidade do património integrado que este encerra que os autores deste livro aceitaram debruçar-se, numa abordagem sobre o cruzamento de modelos, influências artísticas e fontes iconográficas na construção de um jardim plenamente integrado no gosto rococó, destinado à fruição da Família Real e da corte, num tempo que decorre entre «formalidade e entretenimento».

Este livro constitui assim um contributo importante para o conhecimento, a conservação e a divulgação deste notável jardim histórico, que a Imprensa Nacional - Casa da Moeda e o Palácio Nacional de Queluz decidiram co-editar , na expectativa de contribuirmos para a afirmação nacional e internacional do Palácio Nacional de Queluz nas rotas do conhecimento do património e do turismo cultural.