terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Justíssimo. Um GRANDE SENHOR.








ARQUITECTURA
Ribeiro Telles é homenageado hoje em Lisboa
por LusaHoje

Fotografia © Tiago Melo/DN




O arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles é hoje homenageado em Lisboa enquanto "homem, político, professor e visionário", numa iniciativa em que vão marcar presença Duarte de Bragança, Diogo Freitas do Amaral, Maria Calado, António Barreto, Eduardo Lourenço e Mário Soares.

Na Fundação Calouste Gulbenkian (que partilha a organização com o Centro Nacional de Cultura), a homenagem ao arquitecto paisagista decorre durante todo o dia e inclui depoimentos destas e de outras personalidades e a apresentação de uma fotobiografia.

Em entrevista à Lusa, a propósito desta homenagem, o arquitecto, de 89 anos, defendeu que o "grande problema do país" é a autenticidade e assegurou que os "anozitos" que espera viver vão servir para afirmar as suas convicções e preocupações, sobretudo com a ruralidade.

"Tenho satisfação em várias coisas, mas não uma satisfação geral porque há um grande desconhecimento do que é o nosso território", admitiu, numa análise à actualidade, referindo também o problema da "formação e da força de muitos interesses" que resultam em intervenções "sem consistência e sem competência".

A capital que hoje observa já vai, no seu entender, além dos limites "administrativos" e não pode ser "constituída exclusivamente com edificação, nem com impermeabilizações", argumentou.

Porém, Ribeiro Telles ainda aprecia "toda a Lisboa", uma cidade que é um "percurso": "Deparo-me, por vezes, com coisas horríveis, sem explicação, de concentração urbana especulativa, mas também com áreas positivas".

Em altura de homenagem, a pergunta inevitável é o que falta ainda fazer. O arquiteto responde prontamente: "espero viver. Viver uns 'anozitos', não muitos. Mas uns 'anozitos' e espero continuar a afirmar aquilo que eu julgo que é autêntico e necessário para o país", disse.

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