sábado, 5 de novembro de 2011

Agravar a crise.







Reestruturação: Governo quer eliminar carreiras e reduzir serviços

Bilhetes e passes ficam mais caros
A reestruturação dos transportes públicos vai fazer disparar o preço das viagens. A proposta implica a eliminação de 114 passes – são substituídos por tarifas únicas –, o que obriga a usar títulos combinados, mesmo que só se utilize um meio de transporte. Assim, os passageiros vão pagar mais.

Por:Luís F. Silva / Pedro H. Gonçalves com R.O./S.C. / M.T.


A proposta do grupo de trabalho sobre a ‘Simplificação Tarifária e Reformulação da Rede de Transportes da Área Metropolitana de Lisboa’ implica o fim dos passes só para um transporte, excepto na Transtejo. Por exemplo: quem usa apenas o passe do Metro vai ser obrigado a comprar um passe ‘Cidade’, que inclui a Carris, mesmo que não necessite de andar de autocarro. Neste caso, o utente vai pagar mais 9,95 € por mês, um aumento de 41% – o actual passe ‘Metro 30 dias’ custa 23,90 €, e o combinado Metro/Carris 33,85 €.

O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, disse ontem que a actualização tarifária dos transportes terá em conta as "grandes dificuldades que as populações estão a sentir", mas considera que são fulcrais para evitar a falência das empresas.

Os utentes preparam-se, assim, para pagar mais por menos serviços, uma vez que o plano do Governo prevê a eliminação de quase 30 carreiras da Carris e de várias travessias fluviais para a Margem Sul. No caso do Metro, o Governo admite reduzir o serviço em duas horas e nas ligações à periferia (Amadora e Odivelas) em três horas e meia.

PORTO COM REDUÇÃO DE 11%

O plano de revisão das redes de transportes públicos da Área Metropolitana do Porto prevê uma redução de 11%. No Metro do Porto, está em causa o encerramento do serviço às 23h00, duas horas e meia mais cedo do que actualmente. Contudo, o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, diz que ainda não há decisões definitivas. "Se não faz sentido fechar o Metro às 23h00, ele não fechará a essa hora", afirmou, ontem, no final da reunião com os autarcas da Junta Metropolitana do Porto. Na SCTP, o plano prevê reduzir 15% da rede de autocarros. A comissão de trabalhadores da empresa diz que a supressão de linhas pode levar ao despedimento de 300 trabalhadores.


(in CManhã).

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