Morreu Virgílio Duarte Barros, um dos “Parodiantes de Lisboa”
O corpo de Virgílio Duarte Barros está em câmara ardente na Igreja da Graça, em Lisboa, e o funeral realiza-se na quarta-feira, 12 de Outubro, pelas 11:00, para o Cemitério do Alto de São João, em Lisboa.
Segundo sua filha, Maria Teresa Barros, o actor teve “morte súbita”, pois “estava bem” na segunda-feira, quando o foi visitar à Casa do Artista, onde desde 2004 vivia com a mulher.
Os Parodiantes de Lisboa nasceram em Lisboa em 1947, e os seus programas humorísticos, de crítica mordaz que por vezes roçava a crítica ao regime e ao governo de Salazar, grangearam-lhes a fama e até o reconhecimento dos portugueses.
Ao longo de 50 anos (o grupo acabou em 1997) passaram pelos Parodiantes nomes como Carlos Cruz, José Fialho Gouveia, Cândido Mota, Alice Cruz e Ana Zannati, sendo que as carreiras de alguns começaram neste programa.
Virgílio Duarte Barros “entrou logo” para a companhia fundada pelos irmãos Andrade e “colaborou sempre com eles”, referiu Maria Teresa Barros, descrevendo-o como “uma figura muito carismática dos programas dos Parodiantes”.
O actor ficou especialmente conhecido pelo personagem “Delicadinho da Silva”, um estereótipo do homossexual, que sempre se despedia “então adeus, até amanhã”, recordou a filha.
A notícia da Lusa refere ainda que outros personagens criados pelos Parodiantes de Lisboa como “Báubau e a Flausina”, “Jack Taxas e o seu cavalo Cara Linda”, “Manas Catatua”, “Compadre Alentejano”, “Menino Arnestinho” e “Patilhas e Ventoinha” não foram ainda esquecidos pelos portugueses.
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