segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Porque estamos aqui.


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Um exercício: saia de casa. Veja quantos grafitos se atravessam no caminho até ao emprego. Já reparou nos milhares e milhares de autocolantes (de empresas de desentupimentos, em grande maioria!) que encontra pespegados nas caixas de electricidade, nos postes de iluminação ou nos sinais de trânisto. Já viu o caos da sinalética? A publicidade agressiva, omnispresente? Entre num café, num snack-bar. Sim, desses que colocam os menús à porta, escrevinhados em folhas de mesa, em papel. Já reparou na desinteressante culinária? Lombinhos de porco, costeletas de vitela, salmão grelhado e lulas, sempre. E o interior? Uns painéis de azulejos kitsch, empregados mal encarados, espelhos por todo o lado. Nas mesas, gente tristonha. No chão das ruas, papéis e beatas de cigarro. Nas estações, gente que dorme. Nos semáforos, gente que pede. Como pano de fundo, prédio que desabam e outros que nascem, horríveis. Lisboa podia ser outra coisa, não podia?

1 comentário:

Portugalredecouvertes disse...

A capital de Portugal merecia ter a cara mais lavada