Mudança de António Costa custa 672 mil euros Costa espera que a sua presença contribua para regenerar o Intendente O autarca prevê ficar no Largo do Intendente, na antiga fábrica de azulejos da Viúva Lamego, até 2013 (por Ines Boaventura in Publico) É no seu novo gabinete, com janelas voltadas para a Travessa do Cidadão João Gonçalves, que o presidente da Câmara de Lisboa espera imprimir à zona do Intendente “a dinâmica de regeneração” de que esta zona há muito tempo carece. O aluguer das instalações, onde António Costa deverá ficar até 2013, tem um custo mensal de 5600 euros. O autarca abriu ontem as portas do número 27 do Largo do Intendente Pina Manique aos jornalistas, guiandoos pelos três andares onde está a trabalhar “desde quinta-feira da semana passada”. O edifício com 700 metros quadrados era uma antiga fábrica de azulejos da empresa Viúva Lamego, que nos últimos tempos foi utilizada como armazém. Segundo António Costa, o imóvel foi arrendado por dez anos, por um valor mensal de oito euros o metro quadrado, o que perfaz 672 mil euros. O presidente da câmara explicou que a totalidade da renda foi paga antecipadamente, uma parte em dinheiro e outra com a realização de obras no edifício, que, segundo o autarca, “estava bastante degradado”. António Costa diz que só deve ficar no Intendente até 2013, por acreditar que nessa altura já estará “em velocidade de cruzeiro” a mudança que pretende imprimir a esta área, à custa de uma intervenção no espaço público, da requalificação do edificado (pela autarquia e por privados) e de um programa de âmbito social. Depois disso, o autarca admite negociar com o senhorio a entrega do edifício ou dar-lhe uma nova utilização, por exemplo instalando ali outros serviços municipais. António Costa frisou que aquilo que se fez na antiga fábrica foi “uma intervenção minimalista”, na qual foram preservados “ vários sinais do passado industrial do edifício”, como a chaminé que ocupa parte do seu actual gabinete, frisos de azulejos e a entrada de um forno. O presidente destacou ainda o “magnífico trabalho dos calceteiros”, que criaram “um motivo exclusivo” com corvos na entrada principal do prédio. O autarca admite que o Intendente “era uma zona de Lisboa que conhecia mal”, mas depois de uma semana no local não lhe poupa elogios: “Este largo tem um enorme potencial. É um dos mais bonitos de Lisboa e tem alguma reserva dos grandes caudais de trânsito.” (Público).
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