segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Grande Artista.























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O artista na imagem é, como sabem, um artista português. Há uns tempos, a propósito do GRAVE RISCO que corre o Hospital Miguel Bombarda - e, de risco, ele continua a perceber...-, veio prestar um «esclarecimento» sobre a situação. Publicámos abaixo o «esclarecimento». Que diz o rapaz? Bem, conversa técnica pour épater le bourgeois. E, depois, uma coisa espantosa:

4 - O uso destinado ao Pavilhão de Segurança - panópio, aos antigos balneários não está definido, tendo já sido admitida a possibilidade de os destinar a equipamento público de proximidade ou à exposição do espólio de artes plásticas do Hospital Miguel Bombarda / Museu da Psiquiatria.
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Em todo o esclarecimento da CML fala-se em «panópio»? Panópio? Isto já é o Accordo Ortographico, ó Çalgado? Eles nem o nome do edifício sabem?! Mas de «índices de edificabilidade» e o camandro, isso, ó larilas, claro está, que em se preparando para mandar tudo abaixo, afina-se-lhes logo a língua para o urbanês...
O que não se explica é que vai tudo abaixo e só conservam o Balnerário e o Panóptico. Sempre fica bem num condomínio fechado, dá «charme», não é?... Palhaços. Vão vandalizar um conjunto arquitectónico e ainda têm o desplante de dizer que se pondera, a jeito de concessão e benesse, manter a «Oitava» para «equipamento público de proximidade ou à exposição do espólio de artes plásticas». O que é, no caso, um «equipamento público de proximidade»? Para enganar os tolos, ainda vêm com o «tendo já sido admitida a possibilidade ...». Que é como quem diz aos que assinaram a petição: malta, calminha, a gente ainda estáa a pensar eventualmente se for possível e tal... Claro que, no fim, não vai ser possível, não vai ser eventual, vai ser real: o quarteirão dá um jeitaço para ganhar uns cobres, não dá? Mantém-se o Balneário e o Pavilhão COMPLETAMENTE FORA DO CONTEXTO e o Museu de Art Brut... adeus! Vai perder-se a melhor exposição da Europa deste tipo de arte... Estavam a beber uns copos no Altis, junto ao rio, e, em amena converseta, aventaram assim a modos ligeiros a «possibilidade» de: «e se a malta mantivesse lá os papéis e a rabiscada dos malucos?». «Ná, Costa, aquilo fica bem é como equipamento público de proximidade». «Ó Manel, o que é isso de equipamento público de proximidade?». «Não interessa pá, é um mantra que a malta mete nas cartas sempre que quer dizer uma cena que não quer dizer népia, topas?». «Ah, ok, desculpa lá, mas é que eu tenho a cabeça no Largo do Rato, quem me trata destas coisas da Câmara és tu, bem sabes...».
Mas o rapaz na foto é artista. Tem demonstrado sê-lo, de facto. Não tem vergonha, como arquitecto? Não pensa do que dele dirão as gerações futuras? Não pensa que todos nós, todos, não somos parvos? E vamos-lhe dizer, com todas as letras: assassino. Pior: homicida da memória, que aos incautos quer fazer passar por tolos. Que engane o Costa todos os dia, vá. Agora, Senhor Arquitecto: nós não somos o António Costa. Nós conhecemos Lisboa há muitos anos. Percorremos as ruas como o Senhor não o faz (nem o Costa, coitado, que está é a preparar aparições em comentários da TV...). Não nos faça de parvos. A sua passagem pela CML é um dos momentos mais negros da vida da cidade e da sua história. Porque o Abecasis não enganava ninguém, nem o Santana. Você apadrinha tudo o que é destruição e vandalismo mas dissimula-se, esconde-se, sob a capa do «urbanismo» chic. Entretanto, puseram no Terreiro do Paço uns candeeiros muito «fashion», de facto. Você, não o coitadito do Costa, é o ROSTO DA VERGONHA DESTA CÂMARA MUNICIPAL. Porquê? Porque V. podia ser melhor, diferente. Mas deixou-se engolir, tragar, comer. Pelos interesses e pelos negócios que dia-a-dia desfiguram esta cidade. Iremos cuspir-lhe no túmulo. Iremos cuspir-lhe no túmulo, Manuel Salgado. Que o chãoo te sseja salgado, Manuel. Que o chão te seja salgado.

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