Efeito dominó temido na Avenida 5 de Outubro
Telma Roque
O prédio que está a ruir aos poucos na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa, deixou instável outro imóvel, obrigando à evacuação de uma residência de estudantes que acolhia 40 jovens de várias nacionalidades. Já niguém dorme descansado. Teme-se um efeito domin
"Isto começou aqui (no 275) e ninguém sabe onde vai parar", comentava José Martins, morador na avenida e que tem acompanhado a "morte" do prédio evacuado anteontem de manhã, onde moravam duas famílias. Ainda na noite de segunda-feira, a Protecção Civil achou prudente evacuar os 40 estudantes que ocupavam a residência universitária da Lusófona, situada no 283. Um restaurante e uma farmácia tiveram também de fechar as portas.
Entre um e outro prédio, ambos de cinco pisos, resta apenas a fachada de um imóvel que ruiu há meses e que estava agora em reconstrução. A vibração causada pela obra parece estar a provocar danos colaterais. O dono de outros dois prédios, um dos quais contíguo à residência dos estudantes, já não consegue dormir descansado.
Só ontem à tarde, os estudantes puderam entrar para retirar bens pessoais e de primeira necessidade. A primeira noite foi passada num hotel. O resto do dia de ontem foi passado na rua, com frio e muita ansiedade, e a atender chamadas de pais aflitos.
"Tenho lá três anos de licenciatura dentro!", queixava-se Lia Rodrigues. Sarah Amorim, que tem os pais em França, tentava tranquilizá-los após sete telefonemas recebidos em poucas horas.
Mariana Rodrigues, incapaz de lidar com a ansiedade, pediu à mãe, que mora em Castelo Branco, para vir buscá-la. A jovem estudante de ciências farmacêuticas ainda tem fresca na memória a derrocada do prédio que está a ser reconstruído. "Foi um barulho horrível. Toda a gente começou a gritar. Eu fiquei à espera que o tecto me caísse em cima", lembrou.
Mariana ocupava um quarto no terceiro piso, paredes-meias com o prédio em reconstrução. As paredes do seu quarto já tinham muitas fissuras. Conta que a situação piorou quando o empreiteiro começou a fazer escavações para fazer caves.
Emília Castela, responsável da Protecção Civil admitiu que as vibrações podem ter precipitado a situação, mas também afirmou que a construção do prédio que está a ruir "não é das melhores".
Faria Ferreira, director de infra-estruturas da Universidade Lusófona garantiu que vai pedir responsabilidades ao empreiteiro e que os alunos vão ficar alojados numa pousada da juventude, nas Picoas, até sexta-feira. Depois, será encontrada outra solução".
(in Jornal de Notícias).
"Isto começou aqui (no 275) e ninguém sabe onde vai parar", comentava José Martins, morador na avenida e que tem acompanhado a "morte" do prédio evacuado anteontem de manhã, onde moravam duas famílias. Ainda na noite de segunda-feira, a Protecção Civil achou prudente evacuar os 40 estudantes que ocupavam a residência universitária da Lusófona, situada no 283. Um restaurante e uma farmácia tiveram também de fechar as portas.
Entre um e outro prédio, ambos de cinco pisos, resta apenas a fachada de um imóvel que ruiu há meses e que estava agora em reconstrução. A vibração causada pela obra parece estar a provocar danos colaterais. O dono de outros dois prédios, um dos quais contíguo à residência dos estudantes, já não consegue dormir descansado.
Só ontem à tarde, os estudantes puderam entrar para retirar bens pessoais e de primeira necessidade. A primeira noite foi passada num hotel. O resto do dia de ontem foi passado na rua, com frio e muita ansiedade, e a atender chamadas de pais aflitos.
"Tenho lá três anos de licenciatura dentro!", queixava-se Lia Rodrigues. Sarah Amorim, que tem os pais em França, tentava tranquilizá-los após sete telefonemas recebidos em poucas horas.
Mariana Rodrigues, incapaz de lidar com a ansiedade, pediu à mãe, que mora em Castelo Branco, para vir buscá-la. A jovem estudante de ciências farmacêuticas ainda tem fresca na memória a derrocada do prédio que está a ser reconstruído. "Foi um barulho horrível. Toda a gente começou a gritar. Eu fiquei à espera que o tecto me caísse em cima", lembrou.
Mariana ocupava um quarto no terceiro piso, paredes-meias com o prédio em reconstrução. As paredes do seu quarto já tinham muitas fissuras. Conta que a situação piorou quando o empreiteiro começou a fazer escavações para fazer caves.
Emília Castela, responsável da Protecção Civil admitiu que as vibrações podem ter precipitado a situação, mas também afirmou que a construção do prédio que está a ruir "não é das melhores".
Faria Ferreira, director de infra-estruturas da Universidade Lusófona garantiu que vai pedir responsabilidades ao empreiteiro e que os alunos vão ficar alojados numa pousada da juventude, nas Picoas, até sexta-feira. Depois, será encontrada outra solução".
(in Jornal de Notícias).
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