Vereadora da Habitação de Lisboa admite extinguir empresa que gere bairros sociais
Por Ana Henriques
"Estranho que as pessoas responsáveis pelo estado a que a Gebalis chegou venham agora dizer que ela deve encerrar", observa presidente da Gebalis
A Câmara de Lisboa coloca a hipótese de extinguir a empresa municipal responsável pela gestão dos bairros sociais, a Gebalis, admitiu ontem a vereadora Helena Roseta."Pedi ao presidente da Gebalis que encomendasse um estudo rápido, por uma entidade externa, que analisasse os cenários futuros para a empresa, incluindo o cenário de extinção", contou a vereadora da Habitação à agência Lusa. As declarações de Helena Roseta surgem depois de o CDS-PP e o PSD terem defendido o fecho da empresa e a transferência das suas funções e dos seus funcionários para a autarquia. "A Gebalis desempenha uma missão dificílima, na linha da frente da emergência social e a câmara também tem de ter isso em consideração", acrescentou Roseta, que tutela esta área de intervenção. "A empresa deixou de se endividar, mas não conseguiu tapar o passivo acumulado durante os anos em que lhe eram acometidas responsabilidades de obras acima da sua capacidade. Com as dívidas de rendas acumuladas a situação agravou-se", frisou. O presidente da empresa, Luís Marques Santos, explica que o estudo que vai traçar o destino da empresa foi encomendado à consultora Ernst and Young e deverá estar pronto dentro de uma ou duas semanas. "Estranho que as pessoas responsáveis pelo estado a que a Gebalis chegou venham agora dizer que ela deve encerrar", observa. Há vários anos que a câmara se recusa a cobrir os prejuízos da empresa, como manda a lei. Pelas contas de Luís Marques Santos, o município deve à Gebalis qualquer coisa como 20 milhões de euros, relativos quer a esse tipo de compensação quer a contratos-programa que firmou com a empresa, mas que nunca pagou. Questionado sobre a possibilidade de extinção, o presidente da Gebalis responde: "Se o executivo [municipal] entender que a câmara desempenha melhor estas funções do que a Gebalis, com certeza." Em 2009, a empresa teve resultados negativos pelo sexto ano consecutivo, desta feita em 2,2 milhões de euros, tendo acumulado até hoje 18,3 milhões de euros de rendas por pagar. No final de Abril, mais de dez mil famílias deviam rendas à Gebalis, que gere um total de 23.399 fogos.
"Estranho que as pessoas responsáveis pelo estado a que a Gebalis chegou venham agora dizer que ela deve encerrar", observa presidente da Gebalis
A Câmara de Lisboa coloca a hipótese de extinguir a empresa municipal responsável pela gestão dos bairros sociais, a Gebalis, admitiu ontem a vereadora Helena Roseta."Pedi ao presidente da Gebalis que encomendasse um estudo rápido, por uma entidade externa, que analisasse os cenários futuros para a empresa, incluindo o cenário de extinção", contou a vereadora da Habitação à agência Lusa. As declarações de Helena Roseta surgem depois de o CDS-PP e o PSD terem defendido o fecho da empresa e a transferência das suas funções e dos seus funcionários para a autarquia. "A Gebalis desempenha uma missão dificílima, na linha da frente da emergência social e a câmara também tem de ter isso em consideração", acrescentou Roseta, que tutela esta área de intervenção. "A empresa deixou de se endividar, mas não conseguiu tapar o passivo acumulado durante os anos em que lhe eram acometidas responsabilidades de obras acima da sua capacidade. Com as dívidas de rendas acumuladas a situação agravou-se", frisou. O presidente da empresa, Luís Marques Santos, explica que o estudo que vai traçar o destino da empresa foi encomendado à consultora Ernst and Young e deverá estar pronto dentro de uma ou duas semanas. "Estranho que as pessoas responsáveis pelo estado a que a Gebalis chegou venham agora dizer que ela deve encerrar", observa. Há vários anos que a câmara se recusa a cobrir os prejuízos da empresa, como manda a lei. Pelas contas de Luís Marques Santos, o município deve à Gebalis qualquer coisa como 20 milhões de euros, relativos quer a esse tipo de compensação quer a contratos-programa que firmou com a empresa, mas que nunca pagou. Questionado sobre a possibilidade de extinção, o presidente da Gebalis responde: "Se o executivo [municipal] entender que a câmara desempenha melhor estas funções do que a Gebalis, com certeza." Em 2009, a empresa teve resultados negativos pelo sexto ano consecutivo, desta feita em 2,2 milhões de euros, tendo acumulado até hoje 18,3 milhões de euros de rendas por pagar. No final de Abril, mais de dez mil famílias deviam rendas à Gebalis, que gere um total de 23.399 fogos.
(in Público)
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