sábado, 24 de abril de 2010

Onde pára a polícia?





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Hoje, pelo meio da tarde, por um motivo qualquer que desconheço, há um carro que fica parado em plena Calçada da Estrela. Vem um, dois, três, quatro eléctricos e ficam todos parados. O trânsito vira caos e os comerciantes são obrigados a sair das suas lojas e vir para a estrada fazer de polícias sinaleiros, pois durante toda a ocorrência, que durou pelo menos três quartos de hora, nem sinal da polícia para vir resolver a ocorrência ou ajudar à fluência do trânsito. Passou um veículo da polícia mas, apesar de dizer polícia e ter o 112 pintado, foi exactamente a mesma coisa como se se tratasse do mais comum dos carros. Calculo que, de início, os senhores das Carris tenham dado conta da ocorrência. Contudo, certificando-me, fi-lo eu próprio. Resultado: Assisti a um belo exemplo de má-criação pelo telefone. Disseram-me do outro lado, após explicar o que se passava, "e então, o que é o senhor quer que eu faça?". Obviamente que a voz do senhor mal-educado como as portas ouviu de volta: "Eu não quero nada. Só estou a relatar uma situação. Ah, afinal quero... Quero que tenha modos e não seja mal-criado.". Desligou-me de imediato o telefone na cara, que é para que eu não ficasse com dúvidas do seu calibre de criatura. Passado cerca de um quarto de hora, como se pode ver pelo vídeo, os motoristas da Carris mais os comerciantes, todos unidos, empurraram o carro dali para fora. Isto é, em Lisboa surge, acontece e resolve-se sem necessidade da polícia para nada. Houve caos no trânsito? Houve, mas afinal o que são os comerciantes da Estrela senão polícias sinaleiros disfarçados de comuns cidadãos?! Foi necessário remover a viatura? Foi, mas afinal o que são os motoristas da Carris senão reboques humanos disfarçados de motoristas da Carris?! Assim vai Lisboa.

Aqui podem descarregar o vídeo onde se pode ver, um pouco melhor o que se passou, como os comerciantes coordenam o trânsito e como não existe nem sinal da polícia.

http://www.megaupload.com/?d=5BAQ0X2F

Usem como bem entenderem.

Telmo Mendes Leal

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