sexta-feira, 12 de março de 2010

A César o que é de César.


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Patriarca não pediu nem pedirá apoio para altar do Papa
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O Patriarcado de Lisboa não pediu nem pedirá apoios à Câmara Municipal de Lisboa para a construção da estrutura em que será instalado o altar para a missa que o Papa celebrará a 11 de Maio, na Praça do Comércio, em Lisboa. Foi o próprio patriarca, D. José Policarpo, quem o afirmou ontem, em declarações à Rádio Renascença, citadas pela agência Ecclesia: "Para já, é uma questão de princípio. Eu penso que a César o que é de César, a Deus o que é de Deus", justificou. O patriarca recordou o que aconteceu em 1982, quando João Paulo II visitou Portugal e celebrou missa no alto do Parque Eduardo VII. O critério seguido na decisão foi o de que os custos das cerimónias litúrgicas não devem ser pagos pelo poder autárquico ou político. "Se eu pedisse isso oficialmente, ia-me sujeitar a uma apreciação na assembleia municipal, ia pôr o senhor presidente em dificuldades, íamos ter com certeza uma discussão desagradável na opinião pública", afirmou ainda o cardeal. "Porque não tenha ilusões: os media, neste momento, estão contra a câmara, mas, se fosse eu a pedir, estariam contra mim", acrescentou.Anteontem, no final da reunião da Câmara de Lisboa, o presidente da autarquia, António Costa, tinha afirmado que o Patriarcado não pedira qualquer apoio. "Todo o apoio que foi solicitado [pelo Patriarcado] foi concedido", disse, citado pela Lusa.No Porto, foi o presidente da câmara que se adiantou e que se prontificou a apoiar a construção do altar para a missa na Avenida dos Aliados. Entre os apoios referidos por António Costa estão a "conclusão das obras no Terreiro do Paço" e o "ordenamento do trânsito", mas não o financiamento do altar para a missa, tendo garantido, na mesma ocasião, que as obras de reabilitação da Praça do Comércio estarão concluídas no início de Maio, um mês depois do que o autarca desejaria, mas a tempo da missa.
(in «Público»).

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