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"Eu não percebo a qualidade do alcatrão que metem aqui".
"Já é desde o tempo do Jorge Sampaio que se nota esta esburacada toda", afirma, sentado ao volante, o lisboeta Carlos Santos, de 50 anos.
"As ruas estão péssimas e não é só uma nem duas, são muitas", disse ainda, conseguindo, mesmo assim, fazer o seu diagnóstico das zonas mais problemáticas: "Campo de Ourique, Príncipe Real, Sete Rios, Alcântara e a Rua Luís de Camões em Santo Amaro". E frisa que o grande perigo é quando os buracos se enchem com água da chuva, não permitindo ver a sua profundidade.
"Eu já fui a muitos países onde chove muito mais do que aqui e nunca vi tantos buracos como cá", afirmou, por seu turno, Rui Nóbrega, outro taxista de 54 anos, não muito longe de Paiva Couceiro. "Eu sou um leigo mas não percebo a qualidade do alcatrão que eles metem aqui", prosseguiu, sublinhado que "basta chover dois ou três e dias e há logo buracos". O motorista profissional lamenta já ter furado um pneu devido ao mau estado do piso e chama ainda a atenção para os prejuízos que podem surgir a nível das suspensões ou, pior ainda, "nos despistes".
"Quando foi a altura das eleições, o presidente da Câmara teve o cuidado de andar a alcatroar umas ruas mas agora buracos é com fartura", acusou. Na sua óptica, o mau estado do piso não é o único problema do trânsito em Lisboa. "Os sinais de trânsito estão muitas vezes desregulados e falta mais estacionamento".
(in «Diário de Notícias»).
"As ruas estão péssimas e não é só uma nem duas, são muitas", disse ainda, conseguindo, mesmo assim, fazer o seu diagnóstico das zonas mais problemáticas: "Campo de Ourique, Príncipe Real, Sete Rios, Alcântara e a Rua Luís de Camões em Santo Amaro". E frisa que o grande perigo é quando os buracos se enchem com água da chuva, não permitindo ver a sua profundidade.
"Eu já fui a muitos países onde chove muito mais do que aqui e nunca vi tantos buracos como cá", afirmou, por seu turno, Rui Nóbrega, outro taxista de 54 anos, não muito longe de Paiva Couceiro. "Eu sou um leigo mas não percebo a qualidade do alcatrão que eles metem aqui", prosseguiu, sublinhado que "basta chover dois ou três e dias e há logo buracos". O motorista profissional lamenta já ter furado um pneu devido ao mau estado do piso e chama ainda a atenção para os prejuízos que podem surgir a nível das suspensões ou, pior ainda, "nos despistes".
"Quando foi a altura das eleições, o presidente da Câmara teve o cuidado de andar a alcatroar umas ruas mas agora buracos é com fartura", acusou. Na sua óptica, o mau estado do piso não é o único problema do trânsito em Lisboa. "Os sinais de trânsito estão muitas vezes desregulados e falta mais estacionamento".
(in «Diário de Notícias»).
8 comentários:
O problema não está no alcatrão, o problema está nos trabalhadores que alcatroaram a estrada. Não conhecem a qualidade, a propriedade e atributos do material com o qual eles trabalham. Eles não conhecem o alcatrão, não porque sejam burros, mas sim porque não teem a formação profissional necessária para fazer este trabalho - cumprimentos
Logo agora, que se enche tanto a boca com Formação Profissional, tecnológica e o raio!... Dantes é que eram todos analfabetos, não era?!...
Olá Fadista, nem antes, nem hoje houve estradas de jeito em Portugal. As estradas de Portugal tiveram sempre cheias de furinhos, buracos, buraquinhos e buracões. Então qual é na sua opinião a razão pela qual as estradas em Portugal sempre estiveram na lástima que estão. Fazer estradas não é só espalhar alcatrão.
Bem....uma coisa são buracos, outra são crateras...realmente o que não se entende é o desleixo e a impassividade das entidades competentes perante este problema que não ataca só de Inverno...não sei se é do alcatrão ou de quem o aplica, mas devia haver uma brigada para reparar e fazer manutenções sempre a postos.
No caso da imagem que acompanha este artigo, o problema não está na qualidade do alcatrão nem na dos trabalhadores que o colocaram. Está nas pedras da calçada sobre a qual o alcatrão foi colocado. Como se pode ver, as pedras são lisas, não permitindo que o alcatrão se agarre a elas. Com a trepidação dos carros e a infiltração da água da chuva, rapidamente o alcatrão se descasca, deixando as pedras a descoberto.
O senhor Fernando Ribeiro tem toda a razão, no entando penso que os trabalhadores que fizeram esta obra, sabiam deste pormenor - não o consideram porque queriam chatear o pessoal ;) cumps - Marota
Senhor, eu? Eu nem sequer sou senhor do meu nariz...
É claro que os trabalhadores que fizeram esta obra sabiam que o alcatrão dificilmente se agarra às pedras polidas da calçada. Mas vão fazer então como? Com certeza que é a própria CML que quer que este trabalho seja feito assim.
Eu não sou engenheiro civil, mas parece-me que a solução para este problema passará pelo levantamento de toda a calçada, a qual será subsituída por um leito de betão mais ou menos rugoso, sobre o qual se estenderá o tapete betuminoso. É uma solução duradoura, mas é muito cara e provoca grandes transtornos aos munícipes, porque a rua terá de ficar cortada ao trânsito durante muitos dias.
Veja-se a quantidade de ruas que há em Lisboa em que o alcatrão foi depositado diretamente por cima da calçada. São muitas centenas de ruas! O dinheiro que seria necessário gastar nelas, para se fazer um trabalho como deve ser, seria um balúrdio, e daqueles bem grandes. E os transtornos que isso causaria à vida da cidade?
O resultado é o que está à vista e, o que é pior, o dinheiro que a Câmara acaba por gastar em remendos e mais remendos acaba por ser tanto ou mais do que gastaria se fizesse como deve ser. Mas vai-o gastando mais devagarinho...
Entretanto as oficinas de automóveis não têm mãos a medir para fazer as reparações nos carros danificados pelos buracos. Já pensou nos postos de trabalho que isto cria? ;-)
Ok então só Fernando. Obrigado pelo seu post bem informativo. Se o resultado deste trabalho já é à priori conhecido, porque é que então tapam um pavimento calcetado com uma camada de betume que já se sabe que não irá durar muito tempo? Bem, não sou brasileira, mas se fosse, já tinha uma resposta na ponta da língua ;o) Cumps
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