segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A autarquia não comenta.

Câmara de Lisboa apoia adopção gay.
Autarquia de António Costa disponibilizou cerca de 40 mupis na cidade para divulgação de cartazes anti-homofóbicos. Oposição exige explicações.

"Se a tua mãe fosse lésbica, mudava alguma coisa?" Assim é, no global, o teor da nova campanha da ILGA – Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero Portugal –, uma publicidade que surge como incentivo à adopção gay, lançada com o patrocínio da Câmara de Lisboa (CML).
Numa campanha composta por vários meios, entre um spot televisivo e um anúncio para cinema e internet, a autarquia lisboeta apoiou a divulgação de cartazes de formato grande, através da cedência de cerca de 40 mupis na cidade. Contactada pelo CM, fonte oficial da CML adiantou que, para já, a autarquia não emite qualquer declaração sobre este assunto. Paulo Côrte-Real, da ILGA, garantiu que "a única contrapartida neste processo foi colocar o logotipo da Câmara de Lisboa nos cartazes".
Mas a oposição exige conhecer os contornos deste patrocínio, nomeadamente por estar em causa a adopção por casais homossexuais, que nem está prevista na lei. "Porquê e para quê esse apoio? Querem ir para lá das leis que ainda nem o são, que, por enquanto, ainda nem saíram do Parlamento? Hipóteses de lei que, aliás, não contemplam, sequer, a adopção por pessoas do mesmo sexo...", escreveu o vereador do PSD Santana Lopes no seu blogue. Também o autarca social-democrata Victor Gonçalves adiantou que o PSD vai confrontar António Costa com esta questão na próxima reunião de Câmara, dia 24.
Na defesa do referendo para os portugueses decidirem se os homossexuais podem casar, juntaram-se ontem cerca de cinco mil pessoas na Avenida da Liberdade, em Lisboa.
Junto ao São Jorge, uma contra-manifestação de 50 pessoas gritava palavras de ordem a favor do casamento gay e só a presença da PSP evitou os confrontos entre manifestantes, que integravam elementos dos movimentos de direita Acção Nacional e Partido Nacional Renovador. Na manifestação participou Ribeiro e Castro, deputado do CDS, e Maria José Nogueira Pinto, do PSD.

(in «Correio da Manhã»).

2 comentários:

Gastão de Brito e Silva disse...

Se a tua mãe fosse lésbica, o mais provável era não teres nascido...

desabafos emocionais disse...

como é que é possivel, que tal plataforma, que é crente no valor da familia, possa juntar-se ao partido renovador.
é uma vergonha o circo que estao a fazer em torno deste assunto.
é bom lembrar que Deus, que a plataforma tanto apregoa disse-nos:

AMAI-VOS UNS AOS OUTROS!