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As explicações de Helena Lopes da Costa
Vaz da Silva "moveu mundos e fundos"
"Se autorizei o contrato por 20 anos foi de boa-fé", disse ao PÚBLICO a actual deputada Helena Lopes da Costa, garantindo que não tinha qualquer lembrança de o ter feito. "Recordo-me bem do caso em si, até porque sempre achei escandaloso que quisessem continuar a pagar 30 e tal euros de renda num palácio, sendo o senhor advogado e tendo até uma casa no Algarve, mas da história do prazo não tenho ideia nenhuma". A antiga vereadora do PSD acrescentou que "despachava carradas de processos" e que era impossível estudá-los a todos em pormenor. "Seguia as informações dos serviços e despachava em conformidade", explicou. Perante o facto de, neste caso, o seu despacho manuscrito contrariar os pareceres dos serviços, manifestou-se surpreendida: "Só se havia lá um post-it com alguma indicação nesse sentido". Em qualquer dos casos, assegurou que "não conhecia a família Vaz da Silva de lado nenhum" e que se lembrava de que o viúvo "moveu mundos e fundos na câmara para manter a renda dos 30 e tal euros". O PÚBLICO tentou em vão, ao longo de várias semanas, ouvir o actual vogal da direcção do CNC, em cujas instalações de Lisboa dispõe de um gabinete de grafologia e grafoterapia, áreas em que é especialista há muitos anos. Nos telefones que tem em seu nome no Palácio Cabral, numa aldeia do concelho de Torres Vedras e na Balaia (Algarve) nunca foi possível encontrá-lo.
No CNC informaram esta semana que "ele não está em Lisboa e talvez esteja no estrangeiro".
Porque é que esta senhora diz sempre que agiu de boa-fé?
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