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Patriarca critica casamentos 'gay'
Cardeal-patriarca aproveitou ontem a missa da festa do padroeiro de Lisboa, São Vicente, e a presença do presidente da autarquia, António Costa, para reafirmar que a "Igreja nunca aceitará a equivalência ao casamento das uniões entre pessoas do mesmo sexo, seja qual for o enquadramento legal que lhe venha a ser dado".
Na homilia da cerimónia que decorreu, ao início da noite, na sé patriarcal, D. José Policarpo fez duras críticas ao projecto de lei do Governo, poucos dias após a polémica instalada entre a Câmara e o Patriarcado, a propósito da possibilidade de os casamentos de Santo António se alargarem, este ano, a casais homossexuais.
Numa mensagem clara e directa, o cardeal patriarca começou por salientar que a presença da Igreja na construção da cidade deve fazer-se através de uma "convergência cooperante com outras instituições com responsabilidade". Entre as quais, disse, a autarquia, a Santa Casa da Misericórdia e as instituições da sociedade civil.
Mas D. José Policarpo lembrou que é dever da Igreja levar à cidade "a sua verdade, a sua visão sobre o homem e sobre a dignidade da vida". Por isso, acrescentou, "ninguém estranhará que, através da Igreja, o amor solícito de Deus ganhe foros de cidadania". De seguida, falou dos "pontos concretos que desafiam o compromisso cooperante de todos os intervenientes na construção da Cidade".
Sobre o projecto de lei dos casamentos homossexuais, D. José considerou "que altera a dignidade da família natural, levará ao enfraquecimento da sua auto-estima, e contribuirá para o enfraquecimento da comunidade familiar". O patriarca foi mais longe, considerando que "Não se salvará a Cidade se não se salvar a família."
Sobre a controvérsia dos casamentos de Santo António, iniciativa da autarquia, na qual a Igreja colabora através da celebração dos matrimónios, D. José Policarpo não se pronunciou. Recorde-se que a câmara avançou a possibilidade de, este ano, as candidaturas se poderem abrir a casais gays e o Patriarcado equacionou o abandono da iniciativa, por não se rever nos seus contornos actuais.
Esta informação da câmara viria, contudo, a ser corrigida dois dias mais tarde, num comunicado onde o próprio António Costa garantiu que nenhuma alteração às condições de acesso à iniciativa seria decidida sem a consulta prévia da Igreja Católica. O presidente falou ainda na existência de um entendimento entre as duas partes sobre os Casamentos de Santo António. Acordo formal que o Patriarcado disse desconhecer.
No final da missa, e à semelhança do que acontece sempre na solenidade de São Vicente, o presidente da autarquia colocou uma arranjo de flores sobre as relíquias do padroeiro da cidade. Depois, patriarca e presidente cumprimentaram-se e, já na sacristia, trocaram breves palavras.
À saída da cerimónia, aos jornalistas, António Costa esclareceu que a polémica com a Igreja se tratou de um mal entendido e garantiu que não é intenção da câmara abrir a iniciativa aos casais gays.
Patriarca critica casamentos 'gay'
Cardeal-patriarca aproveitou ontem a missa da festa do padroeiro de Lisboa, São Vicente, e a presença do presidente da autarquia, António Costa, para reafirmar que a "Igreja nunca aceitará a equivalência ao casamento das uniões entre pessoas do mesmo sexo, seja qual for o enquadramento legal que lhe venha a ser dado".
Na homilia da cerimónia que decorreu, ao início da noite, na sé patriarcal, D. José Policarpo fez duras críticas ao projecto de lei do Governo, poucos dias após a polémica instalada entre a Câmara e o Patriarcado, a propósito da possibilidade de os casamentos de Santo António se alargarem, este ano, a casais homossexuais.
Numa mensagem clara e directa, o cardeal patriarca começou por salientar que a presença da Igreja na construção da cidade deve fazer-se através de uma "convergência cooperante com outras instituições com responsabilidade". Entre as quais, disse, a autarquia, a Santa Casa da Misericórdia e as instituições da sociedade civil.
Mas D. José Policarpo lembrou que é dever da Igreja levar à cidade "a sua verdade, a sua visão sobre o homem e sobre a dignidade da vida". Por isso, acrescentou, "ninguém estranhará que, através da Igreja, o amor solícito de Deus ganhe foros de cidadania". De seguida, falou dos "pontos concretos que desafiam o compromisso cooperante de todos os intervenientes na construção da Cidade".
Sobre o projecto de lei dos casamentos homossexuais, D. José considerou "que altera a dignidade da família natural, levará ao enfraquecimento da sua auto-estima, e contribuirá para o enfraquecimento da comunidade familiar". O patriarca foi mais longe, considerando que "Não se salvará a Cidade se não se salvar a família."
Sobre a controvérsia dos casamentos de Santo António, iniciativa da autarquia, na qual a Igreja colabora através da celebração dos matrimónios, D. José Policarpo não se pronunciou. Recorde-se que a câmara avançou a possibilidade de, este ano, as candidaturas se poderem abrir a casais gays e o Patriarcado equacionou o abandono da iniciativa, por não se rever nos seus contornos actuais.
Esta informação da câmara viria, contudo, a ser corrigida dois dias mais tarde, num comunicado onde o próprio António Costa garantiu que nenhuma alteração às condições de acesso à iniciativa seria decidida sem a consulta prévia da Igreja Católica. O presidente falou ainda na existência de um entendimento entre as duas partes sobre os Casamentos de Santo António. Acordo formal que o Patriarcado disse desconhecer.
No final da missa, e à semelhança do que acontece sempre na solenidade de São Vicente, o presidente da autarquia colocou uma arranjo de flores sobre as relíquias do padroeiro da cidade. Depois, patriarca e presidente cumprimentaram-se e, já na sacristia, trocaram breves palavras.
À saída da cerimónia, aos jornalistas, António Costa esclareceu que a polémica com a Igreja se tratou de um mal entendido e garantiu que não é intenção da câmara abrir a iniciativa aos casais gays.
(in «Diário de Notícias»).
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O respeitinho é muito bonito...
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