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Intervenientes no processo remetem-se ao silêncio
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Face à controvérsia desencadeada, os silêncios são cada vez maiores. O padre António Colimão, que chegou a afirmar ao PÚBLICO que tinha dado a Troufa Real "qualquer coisa" dos 25 mil euros que terá recebido da CML por conta dos projectos e que já ouviu dizer que ele "não quer mais um tostão", remete-se agora ao silêncio.
O arquitecto, que ontem não foi possível contactar, nunca se pronunciou sobre o que recebeu ou não. Em todo o caso, ao longo dos anos, notícias na imprensa referem que Troufa Real ofereceu o projecto do novo templo. Já o deputado socialista João Soares limitou-se, ontem, a declarar: "Pode dizer que eu disse o que você quiser."
Do ponto de vista do financiamento da obra, e a confirmar-se que a autarquia não contribuiu senão com uma pequena parte do que prometera, além de ter cedido o terreno por um preço simbólico em 1984, as verbas disponíveis resultaram quase exclusivamente das contribuições dos fiéis. Isto porque, por decisão do anterior secretário de Estado da Administração Local, Eduardo Cabrita, foi suspensa em 2006 a apreciação do pedido apoio financeiro apresentado, para a construção da igreja, no âmbito do Programa de Equipamentos Urbanos de Utilização Colectiva. Na sequência da suspensão, disse ontem um assessor do ministro da Presidência, "não foi efectuado ou concretizado qualquer apoio ou financiamento" relacionado com a obra.
Para lá da intervenção de Troufa Real, o projecto do complexo religioso contou com a participação de numerosos técnicos ao nível das especialidades, nomeadamente do gabinete de projectos Triede, cujo trabalho não se sabe se foi pago ou não, ou se foi também gracioso.
O local onde a igreja foi inicialmente prevista correspondia a outra zona do loteamento Restelo Poente da EPUL, tendo sido permutado, em 1997, pelo lote então entregue à paróquia, por iniciativa da empresa municipal e da CML. Segundo a memória descritiva de Troufa Real, de 2001, o projecto apresentado resulta de "estudos preliminares" entregues em Janeiro de 1997. Com base nas recomendações do Patriarcado e do bispo D. Albino Cleto, foi depois elaborado um programa base, sendo apresentado o "estudo prévio em Setembro de 1997". Elementos que não constam do processo de licenciamento da igreja. J.A.C.
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Face à controvérsia desencadeada, os silêncios são cada vez maiores. O padre António Colimão, que chegou a afirmar ao PÚBLICO que tinha dado a Troufa Real "qualquer coisa" dos 25 mil euros que terá recebido da CML por conta dos projectos e que já ouviu dizer que ele "não quer mais um tostão", remete-se agora ao silêncio.
O arquitecto, que ontem não foi possível contactar, nunca se pronunciou sobre o que recebeu ou não. Em todo o caso, ao longo dos anos, notícias na imprensa referem que Troufa Real ofereceu o projecto do novo templo. Já o deputado socialista João Soares limitou-se, ontem, a declarar: "Pode dizer que eu disse o que você quiser."
Do ponto de vista do financiamento da obra, e a confirmar-se que a autarquia não contribuiu senão com uma pequena parte do que prometera, além de ter cedido o terreno por um preço simbólico em 1984, as verbas disponíveis resultaram quase exclusivamente das contribuições dos fiéis. Isto porque, por decisão do anterior secretário de Estado da Administração Local, Eduardo Cabrita, foi suspensa em 2006 a apreciação do pedido apoio financeiro apresentado, para a construção da igreja, no âmbito do Programa de Equipamentos Urbanos de Utilização Colectiva. Na sequência da suspensão, disse ontem um assessor do ministro da Presidência, "não foi efectuado ou concretizado qualquer apoio ou financiamento" relacionado com a obra.
Para lá da intervenção de Troufa Real, o projecto do complexo religioso contou com a participação de numerosos técnicos ao nível das especialidades, nomeadamente do gabinete de projectos Triede, cujo trabalho não se sabe se foi pago ou não, ou se foi também gracioso.
O local onde a igreja foi inicialmente prevista correspondia a outra zona do loteamento Restelo Poente da EPUL, tendo sido permutado, em 1997, pelo lote então entregue à paróquia, por iniciativa da empresa municipal e da CML. Segundo a memória descritiva de Troufa Real, de 2001, o projecto apresentado resulta de "estudos preliminares" entregues em Janeiro de 1997. Com base nas recomendações do Patriarcado e do bispo D. Albino Cleto, foi depois elaborado um programa base, sendo apresentado o "estudo prévio em Setembro de 1997". Elementos que não constam do processo de licenciamento da igreja. J.A.C.
(in «Público»).
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