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Na Avª Almirante Reis, para evitar que se sentem pessoas indesejáveis, os comerciantes defendem-se. Já reparou que nas escadarias do Teatro Nacional está gente acampada, que guarda os pertences nos candeeiros? E na idosa que passa o dia deitada nas arcadas do Terreiro do Paço, mesmo em frente ao Martinho da Arcada? Fala-se numa «praia fluvial» na Ribeira das Naus... já repararam nas pessoas que por lá vagueiam? E nas que tomaram de assalto o Miradouro de Santa Catarina? E nas que estão no largo da Igreja de Arroios? E nas que se encontram nas arcadas do antigo Tribunal de Trabalho, na Almirante Reis? E nos que estão junto ao Intendente e se injectam nas traseiras do fontanário? E nas que estão junto à Filipe Folque? E nas que moram frente à Casa da Moeda? E nas que invadiram o Jardim Constantino?
2 comentários:
Pois.
Por acaso já reparei.
Chamam-se Lisboetas.
Não gostam? Mudem de Cidade.
Vão viver prá arrentela.
Porque nem todos podem ter a felicidade de escolher a vida que têm.
Talvez a "protecção" adequada para os comerciantes (como eu também sou, fosse um bocadinho de civismo e solidariedade para quem é obrigado a viver mais a cidade do que nós, que temos dinheiro para beber um copo numa esplanada e ao fim do dia ir para casa (ainda há que não tenha, sabia?).
Lisboa precisa de um sos, sim senhor, mas é para salvar os lisboetas(?) armados ao pingarelho, para quem as pessoas só estorvam.
Já reparámos na 'frente ribeirinha'? No museu dos coches? Nos hotéis de charme? No novo elevador para o castelo? No super-hospital de Todos-os-Santos? No campus Judiciário? Na marina dos Olivais feita há dez anos que se deixou estragar e que novamente se 'reabilitou'?
E o novo concurso internacional das piscinas que o Estado Novo inaugurou, já reparámos?
Agora os mendigos!... Que mania de só olhar para o que vai mal.
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