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O Bairro dos Lóios, em Marvila. Já falámos dele aqui:
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Degradação dos Lóios enfurece moradores
Uma "pantera cor-de-rosa" com muitas cicatrizes, já que as fissuras nas paredes são constantemente remendadas, mas nunca tratadas de raiz. Como são remendadas a canalização, a iluminação e toda a urbanização. Aqui coabitam prédios de cooperativas económicas, com edifícios camarários, da obra social da GNR e não só. Remendos. (DN, 5.12.06. Ler resto da notícia aqui). Blogues sobre o Bairro dos Lóios aqui e aqui. Uma vista aérea actual, aqui.
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Uma "pantera cor-de-rosa" com muitas cicatrizes, já que as fissuras nas paredes são constantemente remendadas, mas nunca tratadas de raiz. Como são remendadas a canalização, a iluminação e toda a urbanização. Aqui coabitam prédios de cooperativas económicas, com edifícios camarários, da obra social da GNR e não só. Remendos. (DN, 5.12.06. Ler resto da notícia aqui). Blogues sobre o Bairro dos Lóios aqui e aqui. Uma vista aérea actual, aqui.
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Este é o Bairro dos Lóios. Chelas, Marvila.
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Se você não se meter com ninguém, à vontade. Mas cuidado que até as panteras cor-de-rosa se podem enfurecer.
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A maioria é gente boa. Merecia melhor sorte.
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Isto são casas, não são máquinas de habitar. E, mesmo para máquinas, estão muito enferrujadas.
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Mereciam melhor sorte.
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À janela, um cão de louça. Cão loução?
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Se estiver cansado de tanta degradação, sente-se um bocadinho. Depois, volte a ver. Isto é a sua cidade.
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Bué da people no café.
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A praça central.
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Um cão olha para trás. Cão triste.
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Por ironia, todas as ruas daqui têm nomes de grandes arquitectos.
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Ao virar da esquina, um grelhador comunitário. O Sr. Madaleno assava febras. Outros jogavam às cartas. «Fomos nós que construímos isto», disse-nos o Sr. Madaleno. Teve pena de hoje não ter sardinhas. Convidou-nos para voltar um dias destes. Para comer sardinhas ou febras assadas ali, num grelhador improvisado feito numa jante de automóvel.
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Aí está o Sr. Madaleno, impecável, mestre na arte da grelha e da simpatia. «Isto aqui é uma coisa popular, percebem?». Claro que percebemos. E voltaremos, muito em breve. «Lá mais para a frente, não se esqueçam, apareçam».
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Uma cidade é um conjunto de casas onde vivem pessoas. Essas pessoas têm as suas vidas. Essas vidas têm sortes e azares, problemas e alegrias. As vidas das pessoas são assim. E assado. Ou grelhado. No Bairro dos Lóios, um conjunto de pessoas construiu um sítio para conversar e grelhar febras e sardinhas. «Às vezes levamos para casa, outras comemos aqui», disse-nos o Sr. Madaleno. A vida é muito feita de coisas simples como umas mesas e um grelhador. Quantas e quantas alegrias um grelhador já deu a esta gente?
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3 comentários:
Obrigado pessoal do LISBOA S.O.S..
Mais uma vez, um excelente trabalho!
Cordiais saudações,
Eduardo Gaspar
Com aquilo que aí vem, Chelas, dentro em breve, vai tornar-se uma Nação! Não acreditam? Ora essa. Então vejam lá o vídeo AQUI
Numa próxima visita do pessoal do Lisboa S.O.S., não deixem de recolher umas imagens do Lote 232 ou, como já alguém lhe chamou, do "prédio bomba".
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