quinta-feira, 19 de março de 2009

Casa de Alcolena.


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Debate sobre a Casa de Alcolena a 24 de Março
A Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos promove, no próximo dia 24 de Março, às 21h30, um debate em torno da Casa de Alcolena e dos painéis de Almada Negreiros que ela alberga, em que participam os arquitectos Michel Toussaint e Ana Tostões e a historiadora Cátia Mourão, com base no levantamento fotográfico de Paulo Cintra.
O debate terá lugar no auditório da Sede Nacional da Ordem dos Arquitectos e terá entrada livre. A participação dos arquitectos estagiários neste evento garante um crédito, de acordo com decisão do Conselho Regional de Admissão.
O debate surge na sequência da iniciativa da Ordem dos Arquitectos de escrever à Câmara Municipal de Lisboa pedindo a classificação de uma casa no Restelo, projectada entre 1951-55 pelo arquitecto António Varela, e que integra azulejos de Almada Negreiros. A carta à autarquia vem na sequência da informação de que, a 19 de Fevereiro, estavam a ser removidos painéis de azulejos daquele artista – a Câmara Municipal de Lisboa, em comunicado, confirmou que «estavam a ser retirados painéis» e afirmou que iria embargar os trabalhos a decorrer na casa localizada na Rua de Alcolena. A Ordem dos Arquitectos pretende que o imóvel seja classificado como «bem cultural de interesse municipal». A casa já integra o Inventário Municipal do Património e está inserido na Zona Especial de Protecção de vários monumentos classificados, pelo que, qualquer alteração só pode ser feita com parecer positivo do instituto estatal responsável pelo património classificado (Igespar). A autarquia de Lisboa confirmou que deu entrada a 29 de Janeiro deste ano, nos seus serviços, um pedido para construção de uma obra nova «com demolição total para o local em causa», feito pela Sociedade de Investimentos Dominiais (Soindol), tendo-se declarado «surpreendida» pela tentativa de remoção das obras de arte.A Ordem dos Arquitectos invoca o interesse do imóvel em causa como representativa da «arquitectura do [chamado] movimento moderno» e relembra que ele consta em várias investigações e inventários arquitectónicos: sãos os casos do Inquérito à Arquitectura do Século XX em Portugal, do inventário do Docomomo ibérico da habitação, que documenta as intervenções modernistas da arquitectura, e de trabalhos científicos na área da arquitectura. Com o intuito de alertar e tornar público o envolvimento da sociedade no que se considera ser um atentado à memória, património e arquitecturas portuguesas a Ordem dos Arquitectos lançou uma petição on- line em defesa da preservação da Casa de Alcolena, 28, que pode ser assinada em: http://www.petitiononline.com/Alcolena/petition.html
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1 comentário:

Ana Assis Pacheco disse...

até na arquitectura a pele é quase o mais importante...
a superfície das paredes