quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Ozer «Love Letters»




OZER do Grupo Love Letters está em Lisboa. Pintou no maior mural de grafitos da capital, em Campolide. Estas são regras que seguem cada vez mais graffiters, expressarem-se onde é permitido.


O tema é polémico: isto não estimulará outros a pintarem onde não devem?


Aceitar a submissão a regras não subverte a própria natureza transgressora do grafito?

Isto não é reconhecer a impotência das autoridades em combater a ilegalidade?



Como se sentiria este artista se estragassem a sua obra com «tags» e rabiscos?


Mas, ao mesmo tempo, isto não será uma forma de minimizar os efeitos de um fenómeno que já assumiu proporções incontroláveis?




Quem escolhe o critério do que é «boa» ou «má» arte pública?



Mas isto também não acaba, no fim de contas, por dar vida e cor a uma parede vazia?

Seria possível que, desta forma, os graffiters percebessem que há limites e não podem fazer «arte» onde quiserem?

O grafito é passível de se converter numa «arte oficial»? Isso é bom?

Quem controlará e disciplinará esta actividade?



Isto dará um bom ou um mau exemplo para os outros?


Aliás, o que é «bom» ou «mau»?


As entidades públicas devem intervir? De que modo?



Você: gosta? Não gosta? O que lhes importa se V. gosta ou não?



Muitas perguntas...



O maior mural de graffitis em Lisboa. Vai desde a Rua da Artilharia 1 circunda a Rua Marquês de Fronteira e a Avª Conselheiro Fernando de Sousa até à Avª Eng. Duarte Pacheco.

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