Mosteiro dos Jerónimos, orgulho maior de Lisboa, memória de pretéritas glórias, jóia do manuelino, palco da nossa entrada nas Comunidades Europeias... Bem, tudo o que se disser dos Jerónimos é pouco - e foleiro.
Mas...
Na fachada, alguém montou uma cama em cartão. E uma almofada feita de uma rodilha de panos.
Pelo chão, o lixo acumula-se: sacos, caixas de cartão, restos de comida.
Está à vista de todos. Mas será que só nós é que reparamos nestas coisas? Os responsáveis pelo Mosteiro e pelo Museu de Arqueologia, a polícia, os serviços de limpeza, os lisboetas, ninguém repara?
Bater no fundo. Na fachada dos Jerónimos... Esta seria uma boa forma de encerrar de vez este blogue e de nos despedirmos dos nossos leitores. Lisboa não cessa de nos surpreender, mas, como isto, é difícil arranjar algo tão expressivo do estado a que chegámos. Depois disto... Talvez seja tempo de fecharmos este blogue e partirmos para outras paragens. Encerrar a loja, assim, pronto. Que acham?
Então, o imenso adeus?
3 comentários:
Ocorre-me um verbete daqui sobre os grafitos na estátua de S. Vicente.
Mas se tem de ser....
Cumpts.
Não, não há razão para fechar, mas sil lutar por uma Lisboa digna de ser vivida por tudos, quer sejam residentes ou visitantes!
Tudo o que se vê de mal e mau é porventura resultante de desleixo, falta de vontade, seja ela política ou outra e quase sempre muita falta de dinheiro ou, melhor, de saber pôr no lugar certo o pouco que existe.
Este blog tem o talento de nos mostar não sómente as misérias, mas muita da história por onde Lisboa percorreu.
Cumprimentos.
Carlos
Agarrem-me se não eu fujo.
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