quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Lembrar, lembrar sempre



Ao contrário dos presidentes, os reis não morrem. Dir-se-ia que o Rei é um só, com cambiantes de carácter  e do tempo que cada episódio da monarquia vai oferecendo. Enganavam-se os republicanos quando afirmavam que a ideia monárquica desapareceria com a partida de D. Carlos e do Príncipe Luís Filipe. Enganaram-se uma vez mais quando, sem descendência, morreu D. Manuel II. Mas a ideia ficou, o sentimento de simpatia familiar do povo permaneceu inquebrável,  não obstante os poderosos tudo terem feito para que ao longo de décadas a nossa família real fosse exilada, censurada, minimizada e, até, ridicularizada. Mais de um século após a infame matança, eis que o Chefe da nossa Casa Real é um dos mais respeitados homens do país, de decência, patriotismo e desinteresse pessoal absolutamente inquestionáveis. O mistério da monarquia não tem mistério porque, afinal, o Rei também somos nós, portugueses aspirando à libertação, à partilha de tudo quanto dos une, ao bem que desejamos para esta terra. O Rei é todos num homem. Por isso não tem agenda, não tem partido, não negocia, não trai, não promete, não vive do contingente, não tem amigos na acepção comercial de um interesse. 



quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Os Santos Nus







 Fachada da Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo
























 Fachada da Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo


 Anjinho dos "Santos Nus"

Ora então, no domingo convencionado, o povo de Lisboa atraído pelos mistérios da Paixão de Jesus Cristo, subia ao Chiado para ver... o passeio do Senhor em pouca roupa. Jamais o povo teve semelhante ideia de erotização. Porém a devoção popular chamar-lhe-ia, em caricatura: os"Santos Nus" - já São Gonçalo de Amarante não teve melhor sorte. O seu imenso cordel, que servia para que todos os fiéis o pudessem tocar, teve na voz e na malícia do povo outros desígnios evoluindo de fálicos doces até aos "ordinarecos" bonecos das Caldas, que do bento frade evoluí até ao jogador de Futebol. É portanto a eterna alma portuguesa que implorando piedosamente reza, chora e suplica e na sua atitude sadia, como "piece de resistence", ainda graceja piadolas...










Fechando tudo caminhava o Povo lamecha, nos propósitos já descritos, que se acumulava nas esperas da procissão percorrendo-a até ao seu término.





Posted by Bartolomeu at 12:00  em: http://santossantinhos.blogspot.pt/2009/03/procissao-do-triunfo-ou-dos-santos-nus.html