Morreu em Lisboa o Embaixador José Eduardo de Mello Gouveia, diplomata eficientíssimo, monárquico e patriota sem mácula, brilhante folha de serviços e um amigo que fiz. Mello Gouveia era oriundo de uma família com pergaminhos no serviço do Estado - o seu bisavô homónimo foi figura marcante da governação entre 1870 e 1890, ocupando funções ministeriais na Fazenda, na Justiça, na Marinha e Ultramar - e dele sempre retive expressões de grande argúcia, inteligência viva, uma graça sem par e raro conhecimento das coisas de Portugal no Oriente, onde foi Embaixador sucessivamente em Camberra, Bangkok e Tóquio. O seu último posto foi Bruxelas, mas não aceitou a reforma, logo oferecendo-se como Assessor Diplomático do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, funções que desempenhou como nenhum outro o poderia fazer. Lisboa ficou-lhe a dever muitos eventos relacionados com a divulgação e estreitamento de relações culturais com o Japão e a Tailândia, mas, sobretudo, a luta quase heróica que travou para conseguir a instalação em Belém do pavilhão em teca dourada que ali se inaugurou no passado ano, por altura das celebrações dos 500 anos de relações luso-tailandesas.
O Jardim das Cerejeiras.
Sala Thai
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