Igreja excêntrica nasceu contra 4500 opositores
PAULO LOURENÇO
A igreja de S. Francisco Xavier, no Restelo, em Lisboa, recebe este sábado os primeiros fiéis, numa missa simbólica que assinala o aniversário do seu padroeiro. A construção vanguardista já fez correr rios de tinta, mas o pároco garante que a "maioria silenciosa" está com ele.
Já lhe chamaram "aberração", "atentado" ou "desordem local". Aliás, o polémico projecto de construção do arquitecto Troufa Real deu origem a uma página de contestação no Facebook, com mais de 4500 subscritores. Indiferente a estas movimentações, o pároco António Colimão, responsável pela paróquia de S. Francisco Xavier, marcou para hoje a inauguração simbólica, que se traduz numa missa, seguida de um baptizado. "As pessoas têm o direito de criticar", assume, acrescentando, porém, a convicção de que "a maioria silenciosa" aprova a nova igreja.
Foi uma semana de intenso trabalho para que o espaço possa receber hoje os fiéis. António Colimão - pároco da também conhecida como a "Igreja Caravela" devido ao projecto, que contempla uma torre de 95 metros - andou numa roda viva entre o apoio aos operários no terreno e as inúmeras entrevistas e "visitas guiadas".
Natural de Damão, na Índia, onde nasceu há 75 anos, o padre diz ter uma visão universalista do mundo português. Por isso, sonhou este templo, que visa também homenagear os Descobrimentos e a presença lusitana nos cinco continentes.
Hoje é inaugurada a primeira fase da obra, que compreende a igreja propriamente dita e a casa paroquial, onde funcionarão a sacristia e os serviços administrativos. No mesmo edifício, a residência paroquial fica, para já, vazia. "Eu vou continuar a viver em Caselas, entre o povo, porque é perto das pessoas que quero estar", assume António Colimão.
Três milhões de euros
A primeira fase custou cerca de três milhões de euros. Parte foi paga pelos fiéis, o restante com recurso a crédito bancário. Passadas as cerimónias de hoje, as obras de acabamento vão continuar. As missas só começarão a ser ali celebradas dentro de dois meses.
O carácter universalista e ecuménico é assinalado com a presença na missa de hoje de representantes muçulmanos, hindus, ortodoxos e ismaelitas.
Para o futuro fica a conclusão da obra, nomeadamente a polémica torre de 95 metros, que poderá vir a ser também um local de atracção turística.
A igreja de S. Francisco Xavier, no Restelo, em Lisboa, recebe este sábado os primeiros fiéis, numa missa simbólica que assinala o aniversário do seu padroeiro. A construção vanguardista já fez correr rios de tinta, mas o pároco garante que a "maioria silenciosa" está com ele.
Já lhe chamaram "aberração", "atentado" ou "desordem local". Aliás, o polémico projecto de construção do arquitecto Troufa Real deu origem a uma página de contestação no Facebook, com mais de 4500 subscritores. Indiferente a estas movimentações, o pároco António Colimão, responsável pela paróquia de S. Francisco Xavier, marcou para hoje a inauguração simbólica, que se traduz numa missa, seguida de um baptizado. "As pessoas têm o direito de criticar", assume, acrescentando, porém, a convicção de que "a maioria silenciosa" aprova a nova igreja.
Foi uma semana de intenso trabalho para que o espaço possa receber hoje os fiéis. António Colimão - pároco da também conhecida como a "Igreja Caravela" devido ao projecto, que contempla uma torre de 95 metros - andou numa roda viva entre o apoio aos operários no terreno e as inúmeras entrevistas e "visitas guiadas".
Natural de Damão, na Índia, onde nasceu há 75 anos, o padre diz ter uma visão universalista do mundo português. Por isso, sonhou este templo, que visa também homenagear os Descobrimentos e a presença lusitana nos cinco continentes.
Hoje é inaugurada a primeira fase da obra, que compreende a igreja propriamente dita e a casa paroquial, onde funcionarão a sacristia e os serviços administrativos. No mesmo edifício, a residência paroquial fica, para já, vazia. "Eu vou continuar a viver em Caselas, entre o povo, porque é perto das pessoas que quero estar", assume António Colimão.
Três milhões de euros
A primeira fase custou cerca de três milhões de euros. Parte foi paga pelos fiéis, o restante com recurso a crédito bancário. Passadas as cerimónias de hoje, as obras de acabamento vão continuar. As missas só começarão a ser ali celebradas dentro de dois meses.
O carácter universalista e ecuménico é assinalado com a presença na missa de hoje de representantes muçulmanos, hindus, ortodoxos e ismaelitas.
Para o futuro fica a conclusão da obra, nomeadamente a polémica torre de 95 metros, que poderá vir a ser também um local de atracção turística.
(in JN).
1 comentário:
Também não gosto da obra mas.... gostaria de ler algo sobre a coisa lá para 2091. Nessa altura, existirão grupos para proteger este importantíssimo marco da arquitectura portuguesa que, gerou tanta polémica no início do século?
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