quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Debaixo da Ponte.







Ponte 25 de Abril: Intervenção irá durar três meses

Bases dos pilares vão ser recuperadas
Pela primeira vez, ao fim de 45 anos, a Ponte 25 de Abril vai receber obras nas bases dos dois pilares centrais. A intervenção deverá arrancar até final do ano e visa reparar as zonas nas sapatas danificadas por corrosão.

Por:João Saramago com Lusa

Com um custo de 300 mil euros, os trabalhos surgem depois da inspecção subaquática que ficou concluída em Abril último e que teve um custo de 70 mil euros. "A obra visa recuperar áreas dos pilares que estão danificadas devido à acostagem de embarcações, que utilizam os pilares como pontos de apoio para a pesca", disse ao CM fonte da Estradas de Portugal.

"Os trabalhos são necessários apenas nas áreas que estão a seco, ou que ficam a descoberto quando há maré baixa. Na parte submersa, a inspecção não verificou necessidade de intervir", acrescentou a mesma fonte.

A ponte está sob permanente vigilância, responsabilidade do Instituto de Soldadura e Qualidade. A operação está, por agora, localizada no cais de Algés, onde são depositadas as 50 toneladas de material, entre ferro, brita, cimento e água doce. Posteriormente, o material é deslocado de barco para as sapatas.

Presente na obra, o engenheiro José Costa disse que as sapatas serão alvo de uma técnica de "betão projectado por via seca". Posteriormente, as sapatas serão pintadas para reforçar a sua protecção. A expectativa é que nos próximos 20 anos não sejam precisas reparações nas sapatas.

Os blocos de cimento que sustentam os pilares têm marcas desenhadas para mostrar onde é preciso fazer trabalho, o que na linguagem técnica da engenharia civil é referido com: "pontos onde existe uma fase inicial de corrosão ou um recobrimento pequeno e que têm de ser reabilitados para aumentar a vida útil da estrutura".

Numa operação mais vasta, desde há um ano que a ponte recebe trabalhos de manutenção, como a reposição de iluminação, porcas e cabos danificados, acção que envolve cerca de cem trabalhadores.

Recorde-se que a anterior inspecção subaquática à parte emersa das fundações da Ponte 25 de Abril, com o objectivo de verificar que não existiam fissuras, ocorreu aquando da instalação do comboio e alargamento da plataforma de rodagem, entre 1995 e 1999.

(in CManhã).

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