quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A situação na Escola Marqueses de Távora.

Voz do Operário-CML.
Comunicado
A Situação da Escola Marqueses de Távora é da responsabilidade exclusiva da Câmara Municipal de Lisboa
Vieram a público, nos últimos dias, notícias dando conta da instalação dos alunos da Escola Marqueses de Távora em contentores instalados no quartel dos Bombeiros da Graça.
No desenvolvimento destas notícias a Câmara Municipal de Lisboa declara, através do seu vereador Manuel Brito, ter optado por esta solução, de forma apressada, por terem ficado inviabilizadas as negociações com a Voz do Operário, cuja contra-proposta teriam recebido em finais de Agosto.
Cumpre esclarecer que não só a afirmação não corresponde de todo aos factos, como distorce completamente a realidade.
Devido ao estado degradado em que se encontrava o edifício da Escola oficina N.º1, no
Largo da Graça, onde funcionava a Escola Marqueses de Távora, a CML contactou a Voz do Operário em 2010 para que esta instituição pudesse receber esta escola nas suas instalações a troco de uma compensação financeira, tal como anteriormente havia feito em relação a outras escolas oficiais, tal como a Escola n.º 4, acrescida do custo da alimentação aos alunos.
A Voz do Operário apresentou à Câmara as suas condições, em tudo idênticas às que vigoravam anteriormente, já no tempo da presidência do Dr. Santana Lopes. Apesar dos anos passados e da inflação, nenhum aumento foi proposto à CML.
A Câmara, ainda que nada tivesse respondido, assumiu o espaço em Julho de 2010 e aí instalou a Escola Marqueses de Távora. De então para cá nunca a Câmara Municipal de Lisboa pagou qualquer importância pela utilização das instalações da Voz do Operário, nem tão pouco nos pagou as refeições (almoço e lanche) que diariamente fornecemos aquelas crianças.
Depois de várias promessas de pagamento, da divida vencida e referente ao ano lectivo que terminou, feitas aos membros da Direcção, quer por parte do Vereador Manuel Brito, quer pelo próprio Presidente da Câmara, a Voz do Operário foi confrontada em Julho deste ano com a afirmação de que o valor proposto era considerado excessivo pela CML – ainda que fosse transcorrido um ano – propondo esta entidade um valor substancialmente menor como compensação pelo uso das instalações e pelas refeições, colocando a Voz do Operário na situação de financiador da Câmara Municipal, com a agravante de nem sequer ser pago na totalidade, mas em tranches a dividir por dois anos letivos.
Em princípio de Agosto a Voz comunicou à Câmara Municipal de Lisboa a sua discordância com o teor desta proposta, recordando que a manutenção da Escola Marqueses de Távora nas suas instalações havia já criado encargos à nossa instituição e que começavam a colocar em causa o seu funcionamento de tesouraria, tendo originado a situação de salários em atraso, a qual ainda não foi totalmente regularizada.
A Câmara Municipal de Lisboa comunicou à Voz do Operário através de telefonema de um dos seus assessores, pois nem tiveram ainda a dignidade de formular oficialmente a decisão, e, já na segunda semana de Setembro, informaram os pais dos alunos da Escola Marqueses de Távora, que esta escola passaria a funcionar nos referidos contentores nas instalações dos Bombeiros Sapadores da Graça.
A Câmara Municipal de Lisboa não pode afirmar que não foi informada em devido tempo da posição da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário, nem pode tentar eximir-se às suas responsabilidades na situação, uma vez que apenas a sua recusa em pagar o que tacitamente acordara e a tentativa de alterar esse acordo afirmando depois de terminado o ano lectivo que não aceitaria a proposta que lhe havia sido transmitida um ano antes, são as responsáveis pela inviabilidade e insustentabilidade da permanência da Escola Marqueses de Távora nas instalações d’A Voz.
A Voz do Operário fica, desde já, disponível para, quer perante os encarregados de Educação quer perante a Comunicação Social, comprovar tudo o que acima è referido.

Lisboa, 16 de Setembro de 2011
A Direcção

2 comentários:

APEEGIL disse...

A Associação de Pais do Agrupamento de Escolas Gil Vicente, no qual a EB1 Marqueses de Távora se insere, promoveu ontem uma reunião geral de pais da escola, porque a situação se mantém inalterada: a escola funciona em contentores, e parece que não há nem vai haver uma solução alternativa. Ou seja, se nada fizermos, os meninos que lá estão mais os que se lhes seguirão, nunca irão conhecer uma Escola, mas apenas contentores no cimento. Decidimos tomar várias acções, no entretanto reproduzimos no nosso blogue este comunicado. Pedimos que voltem a este assunto, e que estejam atentos ao nosso blogue, onde brevemente serão dados a conhecer novos desenvolvimentos
http://apeegilvicente.blogspot.com/2012/02/situacao-na-escola-marqueses-de-tavora.html

APEEGIL disse...

ps o endereço do blogue é
http://apeegilvicente.blogspot.com/