Chelas. Kalashnikov, haxixe e cocaína num mercado perto de si
por Augusto Freitas de Sousa.Oito suspeitos, tráfico de armas, droga e muito dinheiro, tudo em meia dúzia de metros. O negócio acabou por causa de um vizinho irritado.
Um morador da zona estava farto das constantes movimentações entre o Bairro dos Lóios e um pequeno café a dezenas de metros e decidiu avisar a PSP dos Olivais.
Quatro meses passaram até a PSP deter, a 18 de Janeiro deste ano, oito homens e apreender, na casa do suspeito principal, Bruno G., uma Kalashnikov, AK-47, e outras duas espingardas metralhadoras, uma carabina, pistolas, munições, haxixe, quase 20 mil euros em notas, gorros passa-montanhas, uma máquina de contar dinheiro, gás pimenta e um pirilampo policial azul.
Nesse mesmo dia, foram também apreendidas pistolas, facas, punhais, um colete à prova de bala, cerca de 163 mil euros em dinheiro e mais de seis quilos de haxixe e alguma cocaína. Na operação, foram detidos mais sete suspeitos.
Segundo a acusação, a que o i teve acesso, Bruno G. seria o chefe de um gangue que se dedicava ao tráfico de armas e droga, juntamente com Hernâni G. e Mário M., considerados os principais lugares-tenente do líder. A PSP e o DCIAP acreditam que Bruno G. comprava armas, cocaína e haxixe a um terceiro homem conhecido por Marcelino que trazia o material de Espanha.
Os três principais arguidos usavam outros suspeitos para comercializarem os produtos e ainda para guardar armas e droga. Segundo as investigações, todos os envolvidos moram na Rua Adães Bermudes, no Bairro dos Lóios, em Chelas, Lisboa e movimentavam-se entre as suas casas e o café Sanana, na Rua Luís Cristino da Silva, a cerca de uma centena de metros dos blocos onde residiam.
A PSP, durante as investigações, relacionou alguns suspeitos com outros crimes, mas o DIAP acabou por incluir apenas um incidente à porta do bar Black Tie, em Lisboa. Segundo a acusação, Bruno G. e Mário M. tentaram entrar no estabelecimento e, como lhes foi barrada a entrada, desataram aos tiros à porta.
Entre outros episódios pormenorizadamente descritos pela PSP, às 15h32 de 12 de Novembro de 2010, na Rua Adães Bermudes, Pedro J. contactou Bruno G. e Hernâni G. Minutos depois, Hernâni chamou o comprador para dentro de um bloco e entregou-lhe dez embalagens de cinco placas de haxixe cada uma. Pedro J. pagou 6 mil euros e trouxe a droga dentro de uma caixa de sapatos envolvida num plástico. Os agentes que estavam a monitorizar a transacção seguiram o automóvel e detiveram Pedro J. com cinco quilogramas de haxixe.
Desde esta detenção, o líder do grupo deixou de usar o mesmo telefone, mas os investigadores conseguiram descobrir o novo aparelho. Da acusação constam dezenas de relatos sobre transacções semelhantes.
Dos oito detidos, três - Bruno G., Hernâni G. e Mário M. - estão em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Lisboa. Hernâni G. vai ser ouvido na próxima quarta-feira e pode ver a sua medida de coacção reduzida para vigilância electrónica.
Da denúncia, em Setembro do ano passado, à detenção de oito suspeitos a 18 de Janeiro de 2011, foram quatro meses de escutas, vigilâncias e outras diligências levadas a cabo pela 2.a Esquadra de Investigação Criminal da PSP dos Olivais, coordenadas pela procuradora Cândida Vilar do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa.
(jornal «i»).
Quatro meses passaram até a PSP deter, a 18 de Janeiro deste ano, oito homens e apreender, na casa do suspeito principal, Bruno G., uma Kalashnikov, AK-47, e outras duas espingardas metralhadoras, uma carabina, pistolas, munições, haxixe, quase 20 mil euros em notas, gorros passa-montanhas, uma máquina de contar dinheiro, gás pimenta e um pirilampo policial azul.
Nesse mesmo dia, foram também apreendidas pistolas, facas, punhais, um colete à prova de bala, cerca de 163 mil euros em dinheiro e mais de seis quilos de haxixe e alguma cocaína. Na operação, foram detidos mais sete suspeitos.
Segundo a acusação, a que o i teve acesso, Bruno G. seria o chefe de um gangue que se dedicava ao tráfico de armas e droga, juntamente com Hernâni G. e Mário M., considerados os principais lugares-tenente do líder. A PSP e o DCIAP acreditam que Bruno G. comprava armas, cocaína e haxixe a um terceiro homem conhecido por Marcelino que trazia o material de Espanha.
Os três principais arguidos usavam outros suspeitos para comercializarem os produtos e ainda para guardar armas e droga. Segundo as investigações, todos os envolvidos moram na Rua Adães Bermudes, no Bairro dos Lóios, em Chelas, Lisboa e movimentavam-se entre as suas casas e o café Sanana, na Rua Luís Cristino da Silva, a cerca de uma centena de metros dos blocos onde residiam.
A PSP, durante as investigações, relacionou alguns suspeitos com outros crimes, mas o DIAP acabou por incluir apenas um incidente à porta do bar Black Tie, em Lisboa. Segundo a acusação, Bruno G. e Mário M. tentaram entrar no estabelecimento e, como lhes foi barrada a entrada, desataram aos tiros à porta.
Entre outros episódios pormenorizadamente descritos pela PSP, às 15h32 de 12 de Novembro de 2010, na Rua Adães Bermudes, Pedro J. contactou Bruno G. e Hernâni G. Minutos depois, Hernâni chamou o comprador para dentro de um bloco e entregou-lhe dez embalagens de cinco placas de haxixe cada uma. Pedro J. pagou 6 mil euros e trouxe a droga dentro de uma caixa de sapatos envolvida num plástico. Os agentes que estavam a monitorizar a transacção seguiram o automóvel e detiveram Pedro J. com cinco quilogramas de haxixe.
Desde esta detenção, o líder do grupo deixou de usar o mesmo telefone, mas os investigadores conseguiram descobrir o novo aparelho. Da acusação constam dezenas de relatos sobre transacções semelhantes.
Dos oito detidos, três - Bruno G., Hernâni G. e Mário M. - estão em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Lisboa. Hernâni G. vai ser ouvido na próxima quarta-feira e pode ver a sua medida de coacção reduzida para vigilância electrónica.
Da denúncia, em Setembro do ano passado, à detenção de oito suspeitos a 18 de Janeiro de 2011, foram quatro meses de escutas, vigilâncias e outras diligências levadas a cabo pela 2.a Esquadra de Investigação Criminal da PSP dos Olivais, coordenadas pela procuradora Cândida Vilar do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa.
(jornal «i»).
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