quarta-feira, 1 de junho de 2011

Pela Avenida da Liberdade, o Cidadania Lx!!

Exmo. Senhor Presidente da Câmara,
Dr. António Costa

No seguimento da abertura de 5 quiosques na Avenida da Liberdade, iniciativa que nos merece o maior aplauso - contudo ainda incompleta pela presença do restaurante junto ao edifício Palladium -, vimos pelo presente reforçar algumas ideias que nos parecem fundamentais para que aquela avenida recupere o estatuto de que já usufruiu. Assim, e aproveitando o trabalho em curso de arranjo das zonas verdes;

1. Se prossiga com uma “empreitada geral” de limpeza e arranjo da Avenida, garantindo que à abertura dos quiosques não corresponda, como se tem verificado até agora, a abertura de esplanada ad-hoc, toldos ao vento, lixo nos passeios, buracos e lombas na calçada, caldeiras sem árvores, candeeiros apagados e, sobretudo, ruído a mais - ainda que sejam poucos os residentes da Avenida -; mas que também contemple a limpeza e aprumo dos lagos e a diversa estatuária existente.

2. Se sensibilize a população para que ela se desloque em transporte público, passeando a pé pela Avenida da Liberdade e evitando trazer o automóvel quer para a própria avenida quer para a sua envolvente. Nesse sentido será indispensável que o Metropolitano mantenha abertas durante a noite, bem como aos Domingos e feriados, todas as saídas das estações Marquês de Pombal, Avenida e Restauradores.

3. Se desenvolva e incremente uma estratégia de dinamização, pensada a longo prazo, das diversas salas de espectáculo existentes e da captação de públicos para o eixo Avenida da Liberdade / Praça da Alegria / Portas de Santo Antão, seja para as salas que estão a funcionar (São Jorge, Tivoli, Politeama, etc.) seja para aquelas que há que resgatar com urgência (Capitólio, Odéon, Maxime, Hot Clube, Olímpia, etc.).

4. Se complemente esta estratégia com a criação de percursos de divulgação cultural, devidamente interligados a uma operação de reabilitação urbana, integrando o património cultural, edificado ou não, mais significativo da Avenida da Liberdade e da zona envolvente, por exemplo, igrejas (Sagrado Coração de Jesus, São José dos Carpinteiros, São José, São Luís dos Franceses), edifícios e sociedades recreativas (Palácio Conceição e Silva, Palácio Almada, Palácio Lambertini, Atheneu, Sociedade de Geografia, Casa do Alentejo, Associação Comercial de Lisboa), elevadores (Lavra e Glória), casas de personalidades (Alfredo Keil, Wenceslau de Moraes, Bordalo Pinheiro, etc.), estabelecimentos de restauração (ginjinha, cafés remodelados e com esplanadas de qualidade nos passeios laterais), comércio de carácter e tradição, etc.

5. Se articulem os pontos anteriores com a indispensável restrição de facto ao trânsito a partir do Marquês de Pombal, reservando as faixas laterais actuais para o estacionamento de moradores, cargas e descargas, e acesso às garagens dos hotéis e de outros edifícios; bem como procedendo à diminuição das faixas centrais actualmente existentes, garantindo a continuidade das placas centrais através da eliminação dos parques de estacionamento que as interrompem e da colocação de passadeiras semaforizadas sempre que for imperioso interromper o passeio, e eliminando as barreiras ao tráfego pedonal alinhado todas as peças de mobiliário urbano (mupis, sinais de trânsito, bocas de incêndio, papeleiras, etc.).

6. Por último, a CML deve tornar claro se tem como prioridade inverter a tendência de “tercearização” da Avenida da Liberdade, e fomentar a habitação como forma de contrariar a desertificação daquela artéria nobre da cidade, e quais as medidas de facto nesse sentido.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, João Oliveira Leonardo, Luís Rêgo, Virgílio Marques, Artur Lourenço e Alves de Sousa

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