Cidade
Excursões ao Bairro Alto para falar com a dona Glória da mercearia
por Maria Ramos Silva,
Visitas guiadas aos cantos mais castiços do Bairro Alto. Na próxima, a 25 de Junho, fazem-se
Estamos no Bairro do Nelson, da Carla, da dona Glória, do senhor Antunes. Dos que chegaram antes da fauna flutuante. Da gente que cá continua a morar quando a que o frequenta ainda não chegou ou já abalou para casa. Um bairro anterior à invasão copofónica e aos estrangeirismos trendy e fashion que classificam lojas, cabeleireiros, galerias e restaurantes alternativos. Uma identidade colectiva com residência na padaria ou na frutaria de esquina, no talho e na tipografia, nas lojas de ferragens e drogarias, nas colectividades, nas janelas de casa sem vidros duplos, nos pontos de referência mais recônditos, para descobrir antes que a noite caia e as hordas de forasteiros acampem nas suas ruas estreitas até que a fadiga os recambie para os bairros a que chamam cama.
É uma outra faceta do cosmopolita Bairro Alto, revelada em percursos traçados no último sábado de cada mês, uma ideia lançada pelo projecto Eva, integrado no programa do Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social, e promovido pelo Programa Escolhas e o Clube Português Artes e Ideias, em parceria com o projecto social +Skillz, que se destina à comunidade jovem do Bairro dos 12 aos 24 anos.
Durante os meses de Março e Abril, quatro designers, Ana Relvão, Anjoom Satar, Ricardo Roque e Susana António, sondaram a comunidade de moradores. Bateram as capelinhas mais rústicas com uma pergunta na manga. Afinal, o que é o Bairro Alto? As respostas vieram em sacos recheados com folhetos, preenchidos com a devida resposta, material partilhado mais tarde com os habitantes através de uma exposição. Encontraram timidez e brio, sinais de vida e de estrangulamento. Sentimentos que justificam partilha.
A ideia fecundou e originou estes trajectos temáticos, coordenados por Sandra Martinho, que actualizam memórias de outros tempos e dão voz a quem põe o bairro a mexer. Roteiros cumpridos segundo o espírito fundador, na companhia de um saco, folhetos e cartões, ao longo de uma visita guiada à alma mais castiça desta vila dentro da grande cidade, função confiada, com todo o sentido, a uma moradora, Sandra Félix.
O próximo, no dia 25, às 17h00, leva-nos às compras para jantar, mostrando os lugares mais genuínos, o quotidiano dos inquilinos destes endereços, as histórias e as relações que caracterizam este lugar, sem contar, claro, com a aquisição dos ingredientes para a refeição, que coroa as cerca de três horas de passeata educativa. O périplo, que custa 10 euros e admite um máximo de 20 participantes, inclui o jantar comunitário com pão quente, chouriço assado e caldo verde, no Clube Rio de Janeiro.
Faça a pré-inscrição no site www.bairroaltoe.com
É uma outra faceta do cosmopolita Bairro Alto, revelada em percursos traçados no último sábado de cada mês, uma ideia lançada pelo projecto Eva, integrado no programa do Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social, e promovido pelo Programa Escolhas e o Clube Português Artes e Ideias, em parceria com o projecto social +Skillz, que se destina à comunidade jovem do Bairro dos 12 aos 24 anos.
Durante os meses de Março e Abril, quatro designers, Ana Relvão, Anjoom Satar, Ricardo Roque e Susana António, sondaram a comunidade de moradores. Bateram as capelinhas mais rústicas com uma pergunta na manga. Afinal, o que é o Bairro Alto? As respostas vieram em sacos recheados com folhetos, preenchidos com a devida resposta, material partilhado mais tarde com os habitantes através de uma exposição. Encontraram timidez e brio, sinais de vida e de estrangulamento. Sentimentos que justificam partilha.
A ideia fecundou e originou estes trajectos temáticos, coordenados por Sandra Martinho, que actualizam memórias de outros tempos e dão voz a quem põe o bairro a mexer. Roteiros cumpridos segundo o espírito fundador, na companhia de um saco, folhetos e cartões, ao longo de uma visita guiada à alma mais castiça desta vila dentro da grande cidade, função confiada, com todo o sentido, a uma moradora, Sandra Félix.
O próximo, no dia 25, às 17h00, leva-nos às compras para jantar, mostrando os lugares mais genuínos, o quotidiano dos inquilinos destes endereços, as histórias e as relações que caracterizam este lugar, sem contar, claro, com a aquisição dos ingredientes para a refeição, que coroa as cerca de três horas de passeata educativa. O périplo, que custa 10 euros e admite um máximo de 20 participantes, inclui o jantar comunitário com pão quente, chouriço assado e caldo verde, no Clube Rio de Janeiro.
Faça a pré-inscrição no site www.bairroaltoe.com
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