Está patente, no Arquivo Nacional Torre do Tombo, em Lisboa, a exposição "D. Carlos I Fotógrafo Amador", constituída por 46 imagens, em reprodução digital.
A maioria destas imagens foi obtida a partir das provas de contacto da época e as fotografias estão assinadas e legendadas pelo monarca. Trata-se de um conjunto de fotografias que abrange um período de vinte anos.
O percurso expositivo começa pelas reproduções mais antigas, datadas de 1887 e pelas experiências das platinotypias, de 1888. Segue-se um pequeno conjunto de imagens e o seu contraponto em desenhos e pinturas, também da autoria do rei.
O rei repórter
O comissário da exposição, João Ruas, diz, num texto de apresentação, que o maior número de clichés (15 fotos) revela-se no tema designado por 'Reportagens', porque aí tanto nos referimos à 'Tourada de canastra', realizada na Pena em 1899, como a uma regata, como à pesca do atum ou ainda a uma série sobre Oceanografia, ciência na qual o Rei foi um expoente de primeira grandeza. Este grupo, retirado de uma larga centena de imagens, representa bem o interesse científico e a vontade de dar testemunho dessa investigação ímpar.
A paixão do rei pela fotografia acabou por se estender a outros membros da família real, o que permitiu estabelecer um outro capítulo, intitulado "Uma família de fotógrafos". Segundo João Ruas, "evidencia-se aqui a qualidade do príncipe D. Luís Filipe" e enunciam-se os temas predilectos de cada um dos componentes da família régias.
Espólio com 12 mil fotos
Este espólio provém do Arquivo Fotográfico do Paço Ducal de Vila Viçosa, que possui quase doze mil fotografias, das quais um terço, perto de 4000, foram tiradas pelos diferentes membros da família real e estão em mais de quarenta álbuns.
Só à sua conta, D. Carlos I contribui com perto de três mil fotos. Os restantes dois terços do total foram oferecidos por todos os grandes fotógrafos da época, por autarquias e outras instituições ou ainda por familiares ou por membros da corte.
João Ruas considera que "o estudo deste e outros arquivos espalhados por diferentes Palácios e Museus (como o Palácio Nacional da Ajuda) deverá contribuir para podermos apreender a dimensão e a importância da fotografia no espírito artístico e cientifico de um rei tão por dentro da sua modernidade".
No âmbito da exposição será projectado um filme que utiliza um importante conjunto das imagens expostas. Trata-se do documentário "D. Carlos, Oceanógrafo", de Jorge Marrecos Duarte e Sérgio Tréfaut, com narração de Luís Miguel Cintra.
Por Valdemar Cruz , in jornal "Expresso" (on line)
Inauguração da exposição na Torre do Tombo.
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3 comentários:
O saco de plástico, já eu o sabia, abjurou o português quando se converteu à grafia tropical. Mesmo assim (o que nasce torto...) metem os pés: a par dos cacofónicos e mutilados 'seleção' (no título) e 'predilêto' (6º parágrafo) misturam por lá um etimológico 'platinotypias' (3º parágrafo). Na certa o robot brasileiro que compraram para mutilar o português lá no pasquim perde-se com vocábulos mais aristocráticos. E ao depois, com tal vanguardismo, nem parece sobrar por lá humano que veja (ou reveja) a bovina desgraça em que pastam.
Por mim, já repudiei o semanário brasileiro que se publica por aí ao sábado. Custa-me porém, ver a Lisboa S.O.S. decalcar cegamente textos desconchavados, inclusive com erros de concordância (6º parágrafo); por conseguinte sugiro aqui robots para ajudar a compor em português decente o crioulo que brota da brasileira Lusa, do institucionalão saco de plástico, ou da egicíaca R.T.P. E se precisardes dum humano para essa simples tarefa de revisão, ele há um em biclaranja[arroba]sapo.pt.
Um vosso criado.
Muito bem. obrigado!
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