Lisboa - Autarquia prepara intervenções para os 19 quilómetros da frente ribeirinha Projectos de 350 milhões "Lisboa vai ganhar uma nova relação com o rio Tejo, que aposta na recuperação e valorização dos espaços públicos de lazer e desportivos, em novos equipamentos e na ampliação dos espaços verdes e em novas formas de contacto com a água." É desta forma que o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, descreve os 19 quilómetros da futura frente ribeira. Por: Janete Frazão Desde Pedrouços até à zona do Parque das Nações, está estimado para aquela zona da cidade um investimento global de cerca de 350 milhões de euros. De um total de dez projectos – alguns já concluídos, outros em execução e outros ainda apenas propostos –, o autarca lisboeta destaca dois novos parques verdes, um na Ribeira das Naus e outro na Matinha, bem como o novo terminal de cruzeiros de Santa Apolónia . O parque da Ribeira das Naus deve ser lido na complementaridade das intervenções já efectuadas no Terreiro do Paço. "Será feito o avanço da margem, através de uma longa escadaria que penetra na água, redefinindo a linha de costa, criando uma plataforma inclinada em direcção ao rio e possibilitando um novo percurso da avenida paralelo à margem", explica Costa. O Parque Ribeirinho da Matinha, por seu turno, visa representar um novo tipo de parque urbano que traduz a necessidade de "levar" a natureza, o rio e a sua faixa de contacto com a cidade aos habitantes. Mas, segundo António Costa, será o Plano de Urbanização de Alcântara que marcará uma centralidade em Lisboa, através da disponibilidade de novas áreas de equipamentos, comércio, serviços e actividades de base tecnológica. "Será construído um corredor verde entre Monsanto e o rio, em que se inclui o novo parque urbano que liga Alcântara-Terra e Alcântara-Mar, culminando na futura praça Amália Rodrigues e na zona que abrange a gare marítima de Alcântara", descreve. NOVO ÍCONE DE ARQUITECTURA NA AV. 24 DE JULHO O Plano de Pormenor do Aterro da Boavista Nascente visa promover a reconversão e a regeneração desta área central, através de novos espaços públicos, reconfiguração da Av. 24 de Julho, articulação com a frente de rio, através de uma ponte pedonal, potencialização de equipamentos e introdução de um novo ícone arquitectónico – a futura sede da EDP. UM JARDIM PARA IR À DESCOBERTA NA RIBEIRA DAS NAUS A requalificação da Ribeira das Naus prevê que no local onde hoje está o gradeamento da Marinha seja possível passear num jardim, ver a doca Seca (actualmente enterrada) onde eram recuperadas as Naus das Descobertas e reencontrar o antigo cais da Caldeirinha. Esta intervenção foi objecto de candidatura ao QREN, estando para breve a assinatura do contrato-programa. ENTREVISTA ANTÓNIO COSTA:"TERMINAL DE CONTENTORES EM ARBITRAGEM" Correio da Manhã – Há uma série de projectos para a zona ribeirinha de Lisboa, alguns em curso, outros já aprovados. O que podem os lisboetas esperar daquela zona da cidade nos próximos tempos? António Costa – Podem esperar uma maior proximidade ao rio, bem como uma maior diversificação de áreas e de actividades culturais. – Em relação ao Terreiro do Paço, quando ficará concluída a obra? – Ficará concluída com a intervenção no pavimento da zona Norte (ligação rua do Arsenal/rua da Alfândega) e com a intervenção nas fachadas da praça do Comércio. – Entre os projectos para esta zona da cidade está prevista a entrada em funcionamento da pousada [da rede Pousadas de Portugal]. O que acontecerá ao Ministério da Administração Interna? – Os serviços do Ministério da Administração Interna serão relocalizados na própria praça do Comércio. Trata-se de um processo da responsabilidade da Frente Tejo. Nas arcadas e torreões serão instaladas actividades lúdicas, culturais e de restauração. – Qual o ponto de situação do terminal de contentores? – Decorre neste momento uma arbitragem entre a administração do Porto e o concessionário para se acordar a forma de prosseguir a exploração do terminal. O município fará valer os interesses da cidade através dos acordos que já conseguiu, nomeadamente a praça fronteira à estação marítima, a utilização da Doca de Santo Amaro com relocalização de via-férrea de acesso ao terminal e um novo complexo de restaurantes junto à margem. – E quando se prevê que esteja concluído o novo Museu dos Coches? – Tenho a indicação de que será em 2012. Depois decorrerá a instalação de equipamentos expositivos. MUSEU PENSADO EM EFEITO ÂNCORA PARA O TURISMO O novo Museu dos Coches terá um efeito âncora na dinamização turística da zona da Ajuda-Belém. Composto por um edifício principal – que fará surgir em Belém uma nova praça – e por um segundo edifício mais pequeno (administração, restaurante e auditório), ligados por uma ponte envidraçada, o museu deverá receber um milhão de visitantes por ano. NOVO TERMINAL DE CRUZEIROS CRIA COMPETITIVIDADE A construção de novo Terminal da Cruzeiros de Lisboa surge da necessidade de responder às exigências de um subsector da actividade turística. A Câmara de Lisboa acredita também que a nova infra-estrutura terá um impacto positivo na economia da cidade, valorizando-a e contribuindo para um aumento da sua competitividade. (in Correio da Manhã).
1 comentário:
Só peneiras. Passeios continuam por calcetar, casas devolutas por arranjar, lixo por limpar, jardins por cuidar, ruas por lavar, transportes por coordenar...
Aterrador!
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