Arquivo do Miguel Bombarda estudado na Torre do Tombo
O secretário de Estado da Cultura disse ontem numa audição parlamentar que o seu ministério vê "com preocupação a situação" do Hospital Miguel Bombarda. Elísio Summavielle respondia a uma pergunta sobre o arquivo e a colecção daquele hospital, que está a ser encerrado, e cujo destino ainda não está definido. O arquivo do Miguel Bombarda, garantiu, "está já a ser estudado" por técnicos da Torre do Tombo.
Summavielle esclareceu que o espólio do Miguel Bombarda - que inclui o Pavilhão de Segurança, um "documento único da arquitectura e da medicina a nível europeu", um arquivo fotográfico, documentação científica e uma "colecção notável" de arte bruta feita pelos doentes - não pertence ao Ministério da Cultura (pertence ao da Saúde). "Não queremos tutelar, mas sim ajudar", sublinhou. Summavielle disse também que na zona de Belém foi já concluída "uma obra fundamental" no leito do rio Seco, por baixo do edifício da Cordoaria, para o qual o MC pretende transferir o Museu Nacional de Arqueologia, actualmente no Mosteiro dos Jerónimos. Esta obra protege o edifício, que se "encontra em perfeito estado de conservação" e cujas paredes "não têm uma única fissura".
Questionado sobre a reestruturação em curso dos serviços do Instituto do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar), e os receios que está a provocar nos meios da arqueologia, Summavielle garantiu que "as atribuições e competências do Igespar não vão mudar", mas será dada às direcções regionais de cultura "mais operacionalidade na decisão e acompanhamento nessas matérias, mais técnicos, mais capacidade de intervir no terreno." Alexandra Prado Coelho
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