Solnado recordado.

Fotografia: Eduardo Gageiro.

Lisboa: Exposição na biblioteca municipal Camões Mostra lembra Solnado Deixou mil saudades e incontáveis piadas, na sua voz única, que hão-de fazer rir para sempre. Raul Solnado (1929-2009) morreu há quase dois anos mas as rábulas ‘A Guerra de 1908’, ‘O Repuxo’ ou ‘A Ida ao México’ perpetuam na internet o seu humor ímpar e vão perdurar através de gerações, dando-se a conhecer a meninos que nunca ouviram falar deste vulto do teatro, do cinema e da televisão nacionais.

Para recordar o grande actor, humorista e apresentador de televisão, a Biblioteca Municipal Camões, no largo do Calhariz, inaugura esta tarde, às 16h00, uma exposição fotográfica sobre a vida e obra de Solnado. No evento, estarão presente familiares e amigos. A mostra não reúne apenas fotografias cedidas pelo Museu Nacional do Teatro, que trazem à memória os momentos mais altos da carreira de Solnado, que passou por programas inesquecíveis, como ‘Zip-Zip’ e ‘A Visita da Cornélia’, por palcos de teatro como ‘O Fidalgo Aprendiz’ e ‘As Fúrias’ ou em filmes como ‘A Balada da Praia dos Cães’ e ‘América’, uma comédia que não chegou a passar no grande ecrã, já que só estreia nas salas nacionais a 19 de Maio. Entre as paredes da biblioteca mostram-se também esculturas e telas, obras adquiridas em vida por Raul Solnado e que agora pertencem a um coleccionador que as adquiriu em leilão, após a morte do actor. "E várias imagens televisivas dos programas que Raul Solnado fez", antecipou ainda ao CM Margarida Rodrigues, responsável pela exposição. A mostra enquadra-se no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Teatro – que se celebra amanhã – e configura uma oportunidade para lembrar o homem que todos conhecíamos tão bem e que sempre aconselhava: "Façam o favor de ser felizes!" (in Correio da Manhã).