Vai para obras por 6 meses, OK. Por causa das infiltrações, compreende-se. Agora, fazer isto no pico do Verão? Estima-se que os visitantes caiam de 179 mil para 60 mil. Esta gente não se enxerga? Portugal, West Coast da Estupidez.
Boa noite. Também me surpreendi com a notícia. Mas vamos aos factos. Em 2004 o Padrão esteve encerrado na primeira metade desse ano para alteração do elevador, factor essencial aos que subiam o edifício que não está classificado. Na altura não havia dinheiro para arranjar as zonas de infiltração. E por infiltração entenda-se aquela que entre a partir do exterior em zonas do miradouro lá em cima, a 50 metros de altura bem como nas zonas de ligação das estátuas às parede do imóvel. A situação é tão má de um lado como do outro. As estátuas são feitas de um material extremamente poroso com fraca resistência à água. Observe-se o pescoço da D. Filipa de Lencastre que está num estado de enorme degradação. Com a água da chuva ou de humidades, há zonas exteriores que ficam muito escorregadias. Se estivermos no interior a humidade existentes nos quase 200 degraus transforma-os em pequenos ringues de patinagem de uma perigosidade extrema. A sala do 3º piso (denominação antiga) está fechada devido à humidade e posso dizer-vos que é a mais linda pois tem 18 metros de pé-direito. O piso 5 tem sofre com a humidade. Quando se endireitou o chão graças ao recurso de cimento, este teve quase um mês até secar e foi feito por alturas do bom tempo. Que vão perder muitos turistas/visitantes e muito dinheiro não há dúvida. Mas mais grave ainda é o estudo feito e queriam passá-lo à prática e que dizia que se devia abrir uma porta de emergência na fachada de Cascais (lado do Museu de Arte Popular) para o caso de uma emergência no auditório. Claro que quem tivesse uma emergência no miradouro a 50 metros de altura saía a voar. Esta abertura poderia ser aproveitada para fazer um bar ao ar livre de dia. Este estudo é que é perigoso dado que vai alterar a estética do monumento que, repito, não está classifado, mas tão só incluído na zona de protecção do Mosteiro dos Jerónimos e só isso não chega para nada. Veja-se a Zona Especial de Protecção do Museu dos Coches (ZEP) que não foi respeitada agora com a construção do novo Museu dos Coches. Talvez seja melhor perguntar se sempre vão fazer esta abertura de emergência no Padrão dos Descobrimentos e que mais não é que uma abertura para fazer um bar e que vai rebentar com a zona de cozinha, sala de electricidade e sala do gerador de emergência. Claro que quem vos está a escrever estas linhas já trabalhou no Padrão. Muito obrigado.
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Boa noite. Também me surpreendi com a notícia. Mas vamos aos factos. Em 2004 o Padrão esteve encerrado na primeira metade desse ano para alteração do elevador, factor essencial aos que subiam o edifício que não está classificado. Na altura não havia dinheiro para arranjar as zonas de infiltração. E por infiltração entenda-se aquela que entre a partir do exterior em zonas do miradouro lá em cima, a 50 metros de altura bem como nas zonas de ligação das estátuas às parede do imóvel. A situação é tão má de um lado como do outro. As estátuas são feitas de um material extremamente poroso com fraca resistência à água. Observe-se o pescoço da D. Filipa de Lencastre que está num estado de enorme degradação. Com a água da chuva ou de humidades, há zonas exteriores que ficam muito escorregadias. Se estivermos no interior a humidade existentes nos quase 200 degraus transforma-os em pequenos ringues de patinagem de uma perigosidade extrema. A sala do 3º piso (denominação antiga) está fechada devido à humidade e posso dizer-vos que é a mais linda pois tem 18 metros de pé-direito. O piso 5 tem sofre com a humidade. Quando se endireitou o chão graças ao recurso de cimento, este teve quase um mês até secar e foi feito por alturas do bom tempo. Que vão perder muitos turistas/visitantes e muito dinheiro não há dúvida.
Mas mais grave ainda é o estudo feito e queriam passá-lo à prática e que dizia que se devia abrir uma porta de emergência na fachada de Cascais (lado do Museu de Arte Popular) para o caso de uma emergência no auditório. Claro que quem tivesse uma emergência no miradouro a 50 metros de altura saía a voar. Esta abertura poderia ser aproveitada para fazer um bar ao ar livre de dia. Este estudo é que é perigoso dado que vai alterar a estética do monumento que, repito, não está classifado, mas tão só incluído na zona de protecção do Mosteiro dos Jerónimos e só isso não chega para nada. Veja-se a Zona Especial de Protecção do Museu dos Coches (ZEP) que não foi respeitada agora com a construção do novo Museu dos Coches. Talvez seja melhor perguntar se sempre vão fazer esta abertura de emergência no Padrão dos Descobrimentos e que mais não é que uma abertura para fazer um bar e que vai rebentar com a zona de cozinha, sala de electricidade e sala do gerador de emergência. Claro que quem vos está a escrever estas linhas já trabalhou no Padrão. Muito obrigado.
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