Piscinas ao fundo?
Finalmente, parece que é desta que as piscinas municipais do Areeiro, Campo Grande e Olivais vão voltar a meter água, que não a das chuvas e a das infiltrações decorrentes do estado de crescente decrepitude em que têm vivido de há pelo menos uma década a esta parte. Segundo foi anunciado na semana passada pelos responsáveis da Câmara Municipal de Lisboa, «a abertura ao público está prevista para o Verão de 2012». É uma excelente notícia, sem sombra de dúvida, especialmente para aqueles, e são muitos, que as querem frequentar e não podem.
Que não haja dúvidas sobre a bondade da notícia nem sobre os acertados procedimentos administrativos desenvolvidos com vista a encontrar-se quem pagasse parte das obras de reabilitação das piscinas (um concurso público internacional, que ficou deserto numa primeira fase, quando disse respeito ao “pacote” das três, mas que teve agora bom termo, bem achada que foi a modalidade tripartida), nem sobre os benefícios que advirão para Lisboa do facto dos promotores espanhóis vencedores da concessão por 40 anos, apresentarem como C.V. a gestão de 25 espaços semelhantes, modernos e competitivos em outras tantas cidades espanholas de topo, um, e as Olimpíadas de Barcelona, outro. Muito menos sobre os atraentes novos desígnios daquelas piscinas uma vez renascidas: «salas de fitness, SPA, salas para desportos diversos e espaços exteriores de recreio e jogos, estes últimos a serem construídos no complexo dos Olivais».
Só é pena dois pequenos detalhes, que alguns parecem ter esquecido: a piscina do Areeiro será demolida, “tout court”, e a piscina do Campo Grande verá serem construídos juntinho a si 5.000m2 compreendendo um edifício de 3 pisos com estacionamento automóvel em subsolo (no Cp. Grande?!).
Ora, se é certo que a piscina do Areeiro não é particularmente bonita (longe disso) nem é exemplo de boa arquitectura por aí além, o seu sentido cénico é duvidoso, a sua funcionalidade nunca foi um achado e o seu público fiel, foi-o por falta de concorrência, ela era a única das três que constava até há pouquíssimo tempo no Inventário Municipal e só por isso merecia que a não deitassem abaixo, certo? E se a do Areeiro nunca foi nada daquilo, a do Campo Grande foi-o em toda a linha, porque obra de Keil do Amaral. Não há parecer do IGESPAR, como assim?
Há 5 anos levantou-se meio mundo (este vosso escriba inclusive) quando o então Vereador Pedro Feist se lembrou de dizer que a solução para as três piscinas era demoli-las e que não via interesse algum em qualquer delas, não entendo porque ainda ninguém se voltou a levantar, ainda que q.b., que os tempos são de depressão. Bem vistas as coisas, não fora o tal levantamento e talvez hoje já tivéssemos SPA e “fitness” nas tais de piscinas municipais…
Finalmente, parece que é desta que as piscinas municipais do Areeiro, Campo Grande e Olivais vão voltar a meter água, que não a das chuvas e a das infiltrações decorrentes do estado de crescente decrepitude em que têm vivido de há pelo menos uma década a esta parte. Segundo foi anunciado na semana passada pelos responsáveis da Câmara Municipal de Lisboa, «a abertura ao público está prevista para o Verão de 2012». É uma excelente notícia, sem sombra de dúvida, especialmente para aqueles, e são muitos, que as querem frequentar e não podem.
Que não haja dúvidas sobre a bondade da notícia nem sobre os acertados procedimentos administrativos desenvolvidos com vista a encontrar-se quem pagasse parte das obras de reabilitação das piscinas (um concurso público internacional, que ficou deserto numa primeira fase, quando disse respeito ao “pacote” das três, mas que teve agora bom termo, bem achada que foi a modalidade tripartida), nem sobre os benefícios que advirão para Lisboa do facto dos promotores espanhóis vencedores da concessão por 40 anos, apresentarem como C.V. a gestão de 25 espaços semelhantes, modernos e competitivos em outras tantas cidades espanholas de topo, um, e as Olimpíadas de Barcelona, outro. Muito menos sobre os atraentes novos desígnios daquelas piscinas uma vez renascidas: «salas de fitness, SPA, salas para desportos diversos e espaços exteriores de recreio e jogos, estes últimos a serem construídos no complexo dos Olivais».
Só é pena dois pequenos detalhes, que alguns parecem ter esquecido: a piscina do Areeiro será demolida, “tout court”, e a piscina do Campo Grande verá serem construídos juntinho a si 5.000m2 compreendendo um edifício de 3 pisos com estacionamento automóvel em subsolo (no Cp. Grande?!).
Ora, se é certo que a piscina do Areeiro não é particularmente bonita (longe disso) nem é exemplo de boa arquitectura por aí além, o seu sentido cénico é duvidoso, a sua funcionalidade nunca foi um achado e o seu público fiel, foi-o por falta de concorrência, ela era a única das três que constava até há pouquíssimo tempo no Inventário Municipal e só por isso merecia que a não deitassem abaixo, certo? E se a do Areeiro nunca foi nada daquilo, a do Campo Grande foi-o em toda a linha, porque obra de Keil do Amaral. Não há parecer do IGESPAR, como assim?
Há 5 anos levantou-se meio mundo (este vosso escriba inclusive) quando o então Vereador Pedro Feist se lembrou de dizer que a solução para as três piscinas era demoli-las e que não via interesse algum em qualquer delas, não entendo porque ainda ninguém se voltou a levantar, ainda que q.b., que os tempos são de depressão. Bem vistas as coisas, não fora o tal levantamento e talvez hoje já tivéssemos SPA e “fitness” nas tais de piscinas municipais…
Paulo Ferrero
In Jornal de Notícias (24.2.2011)
In Jornal de Notícias (24.2.2011)
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