Cais do Sodré terá jardim novo e continuará sem o eléctrico 24
Por Carlos Filipe
Reabilitação não vai contar com o regresso da carreira centenária do eléctrico, que ligava ao Carmo, a Campolide e ao Cemitério do Alto de S. João
O desejo chamado eléctrico 24
A resolução do caos automóvel no Cais do Sodré, em Lisboa, particularmente às horas de ponta, continua à espera de decisões e de datas, mas uma coisa é certa: não haverá regresso do eléctrico 24, que ligava o Cais do Sodré a Campolide.
Questionado pelo PÚBLICO, o secretário-geral da transportadora, Luís Vale, explicou que o regresso desta linha - desejada pela própria autarquia, que aprovou em 2007 uma recomendação na Assembleia Municipal - "está a ser objecto de estudo, não sendo prioritário no curto prazo, face aos grandes constrangimentos financeiros e à existência de boas alternativas de transporte público naquele eixo". Uma posição que contraria portanto os planos camarários, na medida em que o regresso da carreira do eléctrico n.º 24 foi pensado no plano de circulação.
Quanto aos problemas do trânsito automóvel, a solução está dependente de vários agentes: falta a plena execução do novo sistema de circulação na Baixa pombalina e, acima de tudo, espera pelas obras de reabilitação na Avenida da Ribeira das Naus, na redefinição do Jardim Roque Gameiro -a metade sul do Cais do Sodré e outra das grandes janelas para o Tejo.
Já há estudo prévio da Parque Expo para o jardim, e a Câmara de Lisboa tem preparadas medidas para mitigar o congestionamento viário. Faltam é decisões e datas. A Sociedade Frente Tejo faz depender tudo o resto do espaço da Ribeira das Naus e da ligação da Praça do Comércio ao Cais do Sodré, passando pelos novos edifícios das agências europeias (de Segurança Marítima e Observatório da Droga). Caso se concretize o estudo prévio, a zona de paragem de autocarros ficará numa das laterais, junto à estação de comboio e de metro. O vereador da mobilidade, Fernando Nunes da Silva, vai dizendo que um projecto não está, necessariamente, a aguardar a resolução de outro, "desde que sejam acauteladas as zonas de contacto e se considere a continuidade de pavimentos, o que está garantido".
Menos conflitos
As linhas gerais do novo esquema de circulação automóvel para o Cais do Sodré passam, inclusivamente, pela construção de um parque de estacionamento subterrâneo da Administração do Porto de Lisboa junto às referidas agências, pelo prolongamento das linhas de eléctrico da 24 de Julho, evitando a Rua Bernardino Costa, e flectindo à esquerda para entrar na Rua do Arsenal junto ao Corpo Santo. E o mesmo se aplicará aos demais transportes colectivos.
"Trata-se de ligar a parte sul da praça ao rio e separar esta zona da praça do tráfego de automóveis, dado que será afectada a interface de transportes e a acessos locais. A ligação à R. do Alecrim irá processar-se através de uma viragem à esquerda na Av. 24 de Julho, o que permite melhorar o funcionamento da própria Rua do Alecrim", explica o vereador, que reforça a importância do prolongamento do corredor de transportes colectivos da Av. 24 de Julho até ao Corpo Santo: "Evitará muitos dos conflitos com os atravessamentos diagonais que hoje ocorrem. Todo o espaço pedonal é aumentado para o dobro do existente e as circulações dos transportes colectivosa e individuais são melhoradas, como menos conflitos e uma acessibilidade mais directa a cada destino."
A interface do Cais do Sodré é considerado o maior pólo de atracção de viagens em transporte colectivo na Baixa, com um dos maiores movimentos de passageiros: 28.500 pessoas do metro, outros tantos por via fluvial, e 22 mil pelo comboio.
(in Público).
.
Questionado pelo PÚBLICO, o secretário-geral da transportadora, Luís Vale, explicou que o regresso desta linha - desejada pela própria autarquia, que aprovou em 2007 uma recomendação na Assembleia Municipal - "está a ser objecto de estudo, não sendo prioritário no curto prazo, face aos grandes constrangimentos financeiros e à existência de boas alternativas de transporte público naquele eixo". Uma posição que contraria portanto os planos camarários, na medida em que o regresso da carreira do eléctrico n.º 24 foi pensado no plano de circulação.
Quanto aos problemas do trânsito automóvel, a solução está dependente de vários agentes: falta a plena execução do novo sistema de circulação na Baixa pombalina e, acima de tudo, espera pelas obras de reabilitação na Avenida da Ribeira das Naus, na redefinição do Jardim Roque Gameiro -a metade sul do Cais do Sodré e outra das grandes janelas para o Tejo.
Já há estudo prévio da Parque Expo para o jardim, e a Câmara de Lisboa tem preparadas medidas para mitigar o congestionamento viário. Faltam é decisões e datas. A Sociedade Frente Tejo faz depender tudo o resto do espaço da Ribeira das Naus e da ligação da Praça do Comércio ao Cais do Sodré, passando pelos novos edifícios das agências europeias (de Segurança Marítima e Observatório da Droga). Caso se concretize o estudo prévio, a zona de paragem de autocarros ficará numa das laterais, junto à estação de comboio e de metro. O vereador da mobilidade, Fernando Nunes da Silva, vai dizendo que um projecto não está, necessariamente, a aguardar a resolução de outro, "desde que sejam acauteladas as zonas de contacto e se considere a continuidade de pavimentos, o que está garantido".
Menos conflitos
As linhas gerais do novo esquema de circulação automóvel para o Cais do Sodré passam, inclusivamente, pela construção de um parque de estacionamento subterrâneo da Administração do Porto de Lisboa junto às referidas agências, pelo prolongamento das linhas de eléctrico da 24 de Julho, evitando a Rua Bernardino Costa, e flectindo à esquerda para entrar na Rua do Arsenal junto ao Corpo Santo. E o mesmo se aplicará aos demais transportes colectivos.
"Trata-se de ligar a parte sul da praça ao rio e separar esta zona da praça do tráfego de automóveis, dado que será afectada a interface de transportes e a acessos locais. A ligação à R. do Alecrim irá processar-se através de uma viragem à esquerda na Av. 24 de Julho, o que permite melhorar o funcionamento da própria Rua do Alecrim", explica o vereador, que reforça a importância do prolongamento do corredor de transportes colectivos da Av. 24 de Julho até ao Corpo Santo: "Evitará muitos dos conflitos com os atravessamentos diagonais que hoje ocorrem. Todo o espaço pedonal é aumentado para o dobro do existente e as circulações dos transportes colectivosa e individuais são melhoradas, como menos conflitos e uma acessibilidade mais directa a cada destino."
A interface do Cais do Sodré é considerado o maior pólo de atracção de viagens em transporte colectivo na Baixa, com um dos maiores movimentos de passageiros: 28.500 pessoas do metro, outros tantos por via fluvial, e 22 mil pelo comboio.
(in Público).
.
NOTA LISBOA SOS:
.
1 - A CML anda a nadaar em dinheiro ou isto é mais uma proposta para enganar o pagode?
2 - Porquê este afã do «novo» e porque não conservar o que lá está?
3 - Porquê não recuperar a Linha 24?
Sem comentários:
Enviar um comentário