Utentes revoltados com corte de barcos para Lisboa
A hora de ponta da manhã tornou-se caótica para quem diariamente se desloca do Seixal para Lisboa nos barcos da Transtejo, após o corte a 1 de Janeiro de cinco carreiras. O tempo de espera aumentou de 15 para 25 minutos e os barcos andam atulhados.
Para muitas pessoas, a mudança de horários significou a alteração dos seus hábitos e algumas ponderam até optar por outro meio de transporte.
É o caso de Olívia Afonso, de 56 anos, que desde a supressão das carreiras das 7.15 horas, 8 horas e 8.45 horas, passou a sair de casa, nas Paivas, 20 minutos mais cedo.
"Em vez de sair às 6.30 horas passei a sair às 6.10 horas. Isto cada vez está pior", realça, ponderando passar a ir de autocarro até Cacilhas, onde apanharia o barco para Lisboa, se a situação não se inverter.
"Se eu tenho o azar de apanhar o barco das 7.05 horas, nem queira saber. É um pandemónio de manhã. As pessoas saltam para os barcos, porque estão muito aflitas e os barcos vão cheios", alerta, reclamando o facto de o passe ter aumentado para 70,05 euros mensais e o serviço ser cada vez pior.
"Esta mudança transtornou-me muito", desabafa também Luísa Santos, de 40 anos. "Agora chego um quarto de hora mais tarde ao trabalho e à tarde tenho de compensar. Ou então deixo as minhas filhas mais cedo no colégio para apanhar o barco das 7.50 horas", conta a utente, que antigamente deslocava-se na carreira das 8 horas e agora utiliza a das 8.15 horas.
A moradora em Paio Pires confirma também que os barcos têm agora mais passageiros. "Vão a abarrotar de gente e há imensas pessoas em pé", denuncia, frisando que tanto ela como o marido vão passar a ir de comboio para Lisboa para evitar a confusão que se instalou no cais fluvial do Seixal.
"As pessoas estão todas muito insatisfeitas com os cortes", garante Amélia Castanheira, que explora há 11 anos um pequeno quiosque situado no exterior da estação.
"Já perdi alguns clientes, entre 10 a 20 por dia. As pessoas chegavam aqui com tempo e tomavam o pequeno-almoço, agora vão a correr e a prejudicada sou eu", queixa-se.
Negando que haja sobrecarga, a Transtejo justifica o ajuste na oferta de barcos entre o Seixal e Lisboa com a diminuição da procura de 5,5% entre 2005 e 2009, acrescentando que o corte foi feito na hora de ponta da manhã "porque é neste período que qualquer redução de oferta tem menor impacto para os passageiros".
(in Jornal de Notícias).
Para muitas pessoas, a mudança de horários significou a alteração dos seus hábitos e algumas ponderam até optar por outro meio de transporte.
É o caso de Olívia Afonso, de 56 anos, que desde a supressão das carreiras das 7.15 horas, 8 horas e 8.45 horas, passou a sair de casa, nas Paivas, 20 minutos mais cedo.
"Em vez de sair às 6.30 horas passei a sair às 6.10 horas. Isto cada vez está pior", realça, ponderando passar a ir de autocarro até Cacilhas, onde apanharia o barco para Lisboa, se a situação não se inverter.
"Se eu tenho o azar de apanhar o barco das 7.05 horas, nem queira saber. É um pandemónio de manhã. As pessoas saltam para os barcos, porque estão muito aflitas e os barcos vão cheios", alerta, reclamando o facto de o passe ter aumentado para 70,05 euros mensais e o serviço ser cada vez pior.
"Esta mudança transtornou-me muito", desabafa também Luísa Santos, de 40 anos. "Agora chego um quarto de hora mais tarde ao trabalho e à tarde tenho de compensar. Ou então deixo as minhas filhas mais cedo no colégio para apanhar o barco das 7.50 horas", conta a utente, que antigamente deslocava-se na carreira das 8 horas e agora utiliza a das 8.15 horas.
A moradora em Paio Pires confirma também que os barcos têm agora mais passageiros. "Vão a abarrotar de gente e há imensas pessoas em pé", denuncia, frisando que tanto ela como o marido vão passar a ir de comboio para Lisboa para evitar a confusão que se instalou no cais fluvial do Seixal.
"As pessoas estão todas muito insatisfeitas com os cortes", garante Amélia Castanheira, que explora há 11 anos um pequeno quiosque situado no exterior da estação.
"Já perdi alguns clientes, entre 10 a 20 por dia. As pessoas chegavam aqui com tempo e tomavam o pequeno-almoço, agora vão a correr e a prejudicada sou eu", queixa-se.
Negando que haja sobrecarga, a Transtejo justifica o ajuste na oferta de barcos entre o Seixal e Lisboa com a diminuição da procura de 5,5% entre 2005 e 2009, acrescentando que o corte foi feito na hora de ponta da manhã "porque é neste período que qualquer redução de oferta tem menor impacto para os passageiros".
(in Jornal de Notícias).
2 comentários:
É assim que se corta no orçamento...os tais 800 milhões têm de vir de algum lado...
prioridade ao transporte publico? Somos uma terra de aldrabões.
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