terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Columbano no Chiado.

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Columbano. Grupo do Leão, 1885.
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“(…) homenzinho trigueiro, pequeno, silencioso, com a sua miopia doce e o seu ar contrafeito (…) cheio de susceptibilidades, modesto por orgulho, intransigente por princípio”Fialho de Almeida – Os Gatos, 1891, IV, p. 48

Columbano Bordalo Pinheiro, o maior pintor português do século XIX, é o artista que melhor expressa valores de modernidade, numa situação única na arte nacional. Inicialmente, regista os ambientes burgueses como cronista radical da vida moderna e já na viragem do século, apesar das ambiguidades do seu percurso, é testemunha atenta da sociedade portuguesa, ao longo de três gerações, inventariando os espíritos da intelectualidade nacional e as mais destacadas figuras, por vezes em quadros de uma irrealidade original, desde Antero de Quental a Eça de Queirós e Fialho de Almeida, Bulhão Pato, Batalha Reis, Teixeira Gomes, Raul Brandão, Teixeira de Pascoais.
Os seus retratos analíticos revelam a sua realidade interior, extensível à pintura intimista e a uma inesperada pintura decorativa. A sua aceitação, mediatizada pela imprensa, consolidada por uma elite sócio-política que se pretende afirmar e apoiada por uma crítica literária eficaz, permite-lhe a consagração como retratista e um privilegiado estatuto artístico que se reflecte na atribuição dos cargos de Direcção do Museu Nacional de Arte Contemporânea e de professor da Escola de Belas-Artes de Lisboa.
Os núcleos da presente exposição exibem setenta e cinco peças referentes a estas temáticas, maioritariamente pertencentes ao museu que dirigiu, de 1914 a 1927, e que possui no seu acervo duzentas obras, mas conta com a colaboração de colecções particulares, instituições nacionais e de museus internacionais, Orsay, Pitti e MNBA do Rio de Janeiro que apresentam pinturas da sua autoria nunca expostas em Portugal.
A produção de Columbano Bordalo Pinheiro deve ser entendida em termos nacionais, como dado aferidor de mudanças sócio-culturais e políticas, mas também na complexidade das vias desenvolvidas, distinguindo-se o seu envolvimento político com interventoras entidades republicanas que o contratam para a realização de três retratos oficiais dos primeiros Presidentes da República, para além de integrar a comissão que elege a bandeira nacional e definir o seu desenho e esquema cromático.

Comissária, Maria de Aires Silveira
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Columbano. A Luva Branca, 1901. CMC - Museu Conde Castro Guimarães, Cascais.
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Columbano. Retrato do Professor João Barreira, 1900. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil.
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Columbano. Mulher com Luneta, 1896. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil.

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Columbano. Retrato do Conde Arnoso. 1902. Colecção Particular.



Columbano. Retrato de Alfredo da Cunha, 1904. Colecção Particular.
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Columbano. Retrato de Bulhão Pato, 1908. MNAC Museu do Chiado.



Columbano. Retrato de Raul Lino, 1910. Colecção Diogo Lino Pimentel.



Columbano. Retrato de Afonso Lopes Vieira, 1910. MNAC Museu do Chiado.
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Columbano. Retrato de Alda Lino, 1910. Colecção Martinho Pimentel.
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Columbano. Retrato de Ida Bordalo Pinheiro e Virginia Lopes de Mendonça, 1910. MNAC Museu do Chiado.
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Columbano. Retrato de Alda Bordalo Pinheiro Lopes de Mendonça, 1929. Museu Grão Vasco,Viseu.
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Columbano. Retrato de Mouzinho de Albuquerque, 1902. Colecção Particular.
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Auto-retrato, 1904. MNAC Museu do Chiado.
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Columbano. Locandeira, 1897. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil.



Columbano. A Refeição (Five o'clock Tea) Museu Nacional de belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil.



Columbano. Femme et Fruits, 1899. Museu d'Orsay, Paris, França.



Columbano. A Chavena de Chá, 1898. MNAC Museu do Chiado.



Columbano. Natureza morta com figura de mulher, 1924. Colecção Particular.



Columbano. Chaleira de Cobre, 19204. Museu Grão Vasco, Viseu.



Columbano. A Ceia de velha, 1924. Colecção Particular.



Columbano. Repolho, 1911. Colecção Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil.





Columbano. Retrato de João de Barros, 1917. Colecção Particular.

Columbano. Retrato de Correia de Oliveira, 1918. Colecção Particular.



Columbano. Retrato de Raul Brandão e sua esposa, 1928. MNAC Museu do Chiado.



Columbano. Retrato de Viana de Carvalho e sua filha, 1928. Colecção Particular.





Columbano Auto-Retrato inacabado, 1929. MNAC Museu do Chiado.


Columbano. Auto-Retrato, 1927. Galeria degli Uffizi, Florença, Itália.
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Columbano. Retrato de Teixeira Gomes, 1911. MNAC Museu do Chiado.
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Columbano. Retrato de Teixeira de Pascoais, 1927. MNAC Museu do Chiado.





Columbano. Horas do Dia (noite), 1886. Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa.



Columbano. Horas do Dia (manhã), 1886. Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa.



Columbano. Alegoria da Pintura, 1886. Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa.



Columbano. Menino com crustáceo e peixe, 1887. Colecção Particular.


Columbano. Caçador, 1917. Colecção Particular.

2 comentários:

Miffy disse...

MUITO BOM

Fui ver, no Domingo dia 16 e aconselho todos a ir - é uma oportunidade única :)

Parabéns por mais uma bela reportagem!!!

Unknown disse...

Julgo ser muito importante divulgar a nossa historia podendo usufruir de obras pretendentes a particulares como foi o caso desta exposição com 8 obras de particulares, no entanto se consultarem o catalogo ou toda a informação divulgada pelo museu não vão encontrar um único agradecimento aos particulares, mas não foram esquecidos os funcionários do museu e outros que foram pagos para tal.
Esta atitude quanto a mim é uma vergonha e só revela a falta de educação dos responsáveis pelos nossos museus sendo a face visível para todos de como são tratados os proprietários de obras de arte que se dispõem a emprestar as suas obras.