Lisboetas ganham novo jardim na Rua das Amoreiras
Por Inês Boaventura
Conhece o Jardim do Recinto do Arco, na Rua das Amoreiras, em Lisboa? O mais provável é que a resposta seja negativa, mas isso poderá mudar já no Verão de 2011. Nessa altura o espaço verde que hoje está fechado ao público deverá abrir as portas, oferecendo aos visitantes um restaurante, uma esplanada e a possibilidade de percorrer o troço do aqueduto que dá acesso à Mãe d"Água das Amoreiras.
A Câmara de Lisboa e a Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL) anunciaram, ontem, o lançamento de um concurso para concessionar a exploração de um edifício com entrada pelo número 101 da Rua das Amoreiras, que pertence àquela empresa, mas não tem hoje qualquer utilização. A intenção é que no piso térreo surja um restaurante com esplanada e que o piso superior seja um espaço multifuncional para eventos, exposições e outras actividades que o concessionário proponha.
Em frente do chamado edifício sudeste há um jardim (o tal do Recinto do Arco), cujas árvores de grande porte se erguem sobranceiras ao muro que dá para a Rua das Amoreiras. Quando aquela concessão for entregue, este passará a estar aberto ao público. "É um ganho absolutamente extraordinário para a cidade", considera o vereador dos Espaços Verdes da Câmara de Lisboa, José Sá Fernandes, sublinhando que este é um jardim desconhecido da maioria dos lisboetas.
O vencedor do concurso deverá também "criar percursos de visita guiada para exploração e fruição da Casa da Água [junto ao edifício sudeste], reservatórios enterrados e do troço do Aqueduto que dá acesso à Mãe de Água das Amoreiras", como se lê no caderno de encargos. Ontem o PÚBLICO percorreu com o vereador esse percurso do aqueduto, que começa no subsolo do Recinto do Arco, atravessa a Rua das Amoreiras à superfície e termina na Mãe d"Água das Amoreiras, onde Sá Fernandes destaca a existência de "um fantástico terraço" com vista sobre Lisboa.
O vereador acredita que, se o concurso agora lançado, e cujo prazo para a apresentação de propostas termina a 12 de Janeiro de 2011, for bem sucedido, os lisboetas poderão usufruir do Recinto do Arco já a partir do próximo Verão. Depois disso, Sá Fernandes tem também a ambição de estabelecer uma ligação entre a zona do centro comercial das Amoreiras e a Casa Veva de Lima, um palácio da autarquia na Rua Silva Carvalho, e daí para o jardim que os lisboetas e visitantes da cidade vão agora ganhar.
A abertura do espaço da EPAL na Rua das Amoreiras decorre ao abrigo de um protocolo que foi celebrado com a autarquia e que previa que a população pudesse usufruir de vários espaços da empresa até aqui fechados, como o depósito de água na Penha de França.
(in Público).
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